publicidade

Rebaixamentos, hegemonia estadual, recém-chegadas e mais: o futebol feminino do Nordeste em 2023

Futebol Feminino, ABC, AL, Bahia, Ceará, Confiança, Fortaleza, Futebol de Mulheres, Nordeste, Sport, Últimas

Por Vittoria Fialho

Por Vittoria Fialho

Postado dia 24 de dezembro de 2023

Região não viveu grande temporada a nível nacional, mas contou com títulos importantes nos estaduais

O futebol feminino nordestino viveu momentos de altos e baixos em 2023. A nível nacional, um roteiro que contou com rebaixamentos, sonho de acesso adiado e eliminações duras. Nos estaduais, vitórias históricas, desempates de taças com rivais e começos de novas hegemonias. Houve, também, uma estreia inédita, de um time que até já foi ‘batizado’ com título.

Dos Brasileiros aos certames locais. Bicampeonatos, tetras, troféu inédito e projeções para 2024, que será, sobretudo, de luta por acessos, já que o Nordeste não terá representantes na elite após dois anos. Abaixo, o NE45 relembra alguns destaques da temporada nos nove estados da Região.

O Nordeste no Brasileiro – Séries A1, A2 e A3

Estreante na elite, as Meninas do Vozão chegaram à Primeira Divisão como campeãs da Série A2. Foi o primeiro título nacional do futebol nordestino na modalidade. No entanto, passada a euforia da conquista, 2023 foi abaixo do esperado. O rebaixamento se desenhou com goleadas – 74 gols sofridos -, queda na lanterna e apenas um ponto somado em 15 jogos.


Posts
Meninas do Vozão foram rebaixadas na estreia na elite. Crédito: Michael Douglas/CSC

Segundo representante da Região na A1, o Bahia fez um campeonato equilibrado, mas perdeu força na reta final e viu uma permanência – encaminhada – ficar para trás. Por vezes, durante a primeira fase, as Mulheres de Aço até figuraram entre as oito melhores equipes. Faltou fôlego. A equipe comandada por Igor Morena caiu na 13ª posição, com 13 pontos somados.

Já na A2, Sport, Fortaleza, Botafogo-PB e UDA eram os postulantes nordestinos ao acesso. Que não veio para nenhum deles. As Belas do Belo, inclusive, amargaram o rebaixamento e irão disputar a A3 em 2024. As Leoas, da Ilha e do Pici, e as alagoanas, ficaram pelo caminho – considerando fase de grupos e mata-mata.

Fortaleza está classificado para o mata-mata do Brasileiro Feminino A2. Foto: Karim Georges / Fortaleza EC
Fortaleza chegou ao mata-mata da A2. Crédito: Karim Georges/Fortaleza EC

Na A3, série de maior número de nordestinos, apenas uma promoção. O VF4-PB conquistou o acesso de divisão e vai jogar a A2 na próxima temporada. Realidade diferente de IAPE e Cefama, do Maranhão, Astro e Doce Mel, da Bahia, Misto, da Paraíba, Estanciano, de Sergipe, Acauã, de Alagoas, Tiradentes, do Piauí, e Náutico, de Pernambuco.

Hegemonia estadual para Sport; Ceará ‘desgarra’ das rivais

Se nos nacionais os principais objetivos ficaram pelo caminho, nos estaduais a história foi diferente. Ao menos para algumas equipes. Casos de Sport, Ceará e Bahia, por exemplo, que se sagraram campeões diante das maiores rivais e escreveram páginas inéditas nas disputas locais.

No Pernambucano, as Leoas da Ilha despacharam o Náutico pelo segundo ano consecutivo e colocaram o Rubro-Negro no topo da lista de troféus, deixando o Vitória de Santo Antão para trás. São oito taças para as rubro-negras, que faturaram o bicampeonato de forma invicta. A meia Ísis foi a artilheira da competição.

Sport vence Central por 13 a 0 - Pernambucano Feminino
Leoas foram campeãs invictas e conquistaram bicampeonato. Crédito: Sandy James/SCR

Já no Cearense, as Meninas do Vozão venceram, nos pênaltis, o Fortaleza, em jogo histórico na Arena Castelão, e assumiram a segunda posição na corrida por títulos no estado. São quatro para as alvinegras, contra três das tricolores. O Caucaia, líder, soma seis taças.

No Baiano, deu Bahia. Tetracampeão invicto, o Esquadrão decidiu a competição em confronto inédito contra o Vitória. Foi a primeira vez que o clássico Ba-Vi valeu a taça do certame. Após triunfo no jogo de ida, um empate sem gols garantiu o título tricolor.

Em Alagoas, o UDA venceu de forma invicta. Já o Potiguar ficou com o Alecrim, enquanto o Sergipano, o Piauiense, o Paraibano e o Maranhense, foram faturados por Confiança, Tiradentes, Mixto e IAPE, respectivamente.

Confiança inicia e ABC ressurge no futebol feminino

Co
Meninas do Dragão estrearam no futebol feminino. Crédito: Neto Ferreira/ADC

Algumas histórias foram iniciadas – e recomeçadas – em 2023. O Confiança anunciou a criação do primeiro time feminino da sua história. Após anos, o projeto saiu do papel. E foi em grande estilo. Na estreia pelo Alagoano, as Meninas do Dragão levaram a taça e se garantiram na A3 do Brasileiro. A equipe é comandada pela técnica Eliatriz Almeida.

Já o ABC retornou à modalidade – desta vez sem parcerias. Em 2022, a equipe havia sido anunciada como ABC União, em conjunto com a Sociedade Esportiva União, equipe multicampeã do futebol feminino potiguar. Na época, a novidade teve suporte do Governo do Rio Grande do Norte.

Posts
ABC disputou o Potiguar. Crédito: Rennê Carvalho/ABC.FC

COMENTE

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PUBLICIDADE

TRENDING