publicidade

Presidente do Maranhão faz balanço da temporada, projeta 2025 promissor e mira acesso na Série D

Série D, MA, Últimas

Por Klisman Gama

Por Klisman Gama

Postado dia 9 de setembro de 2024

Em entrevista exclusiva ao NE45, Carlos Eduardo Dias passou a limpo a temporada e vê 2025 promissor para o MAC

O Maranhão vem num processo contínuo de reconstrução desde 2022, quando deixou a Série B do Campeonato Maranhense com o título e alçou voos cada vez maiores. Em 2023 levou o troféu da elite estadual e voltou a disputar a Série D, sendo eliminado nas quartas de final pelo futuro campeão, Ferroviário.

Em 2024, a equipe bateu na trave em algumas metas e o NE45 buscou o presidente do Maranhão, Carlos Eduardo Dias, para avaliar o que foi esta temporada para o Bode. Em entrevista exclusiva, o mandatário quadricolor afirmou que o ano não foi como o planejado. Entretanto, dentro de campo, serviu para reafirmar a força e a consolidação do clube no contexto do futebol maranhense, nordestino e nacional. Ainda em busca de patamares maiores

Carlos Eduardo Dias também ressaltou a base montada que defendeu a equipe nos últimos anos. Nomes como Ronald Camarão, Vinícius Barata, Vander, Adeilson, Moisés e Cavi chamaram a atenção e já foram negociados. Mas a promessa é de que, para 2025, as reposições sejam feitas no mesmo nível. Inclusive, com promessa de uma “aposta” que servirá de um “cartão de visitas” para as pretensões do Maranhão na temporada.


Inclusive, o presidente do MAC afirmou que tem fé na busca pelo acesso à Série C no próximo ano. Ele, inclusive, citou os exemplos de Ferroviário (que subiu em 2023) e Retrô-PE (que subiu nesta temporada) como um trabalho que clube pode se espelhar para, futuramente, pôr seu nome na lista dos classificados para a 3ª Divisão. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva de Carlos Eduardo Dias ao NE45.

Carlos Eduardo Dias, presidente do Maranhão

Foto: Iury Oliveira/Maranhão AC

Avaliação do 2024 do Maranhão

Não era bem o que a gente queria. Queríamos, no mínimo, ter classificado na Copa do Nordeste (para o mata-mata), ter sido campeão estadual e ter subido para a Série C. Por outro lado, é uma confirmação da gestão do Maranhão. Quando peguei o clube há quatro anos, estávamos na 2ª Divisão do Maranhense. De lá para cá, fomos campeões estaduais, vice no outro ano, iremos para a nossa terceira Série D seguida.

Na primeira, ficamos no mata-mata do acesso. Na segunda ficamos a dois mata-matas. A campanha do ano passado ficamos em 3º na fase de grupos, na deste ano ficamos em primeiro. Em quase todos os jogos fora de casa pontuamos (apenas uma derrota, para o Moto Club). Em casa, só não ganhamos do Manaus (além de derrotas para Altos e Tocantinópolis-TO).

Isso confirma o Maranhão de volta ao futebol nordestino, com sua força nesse cenário, onde estava no ostracismo e voltou com força total. A ideia é, cada vez mais, melhorar a performance. Apesar de tudo isso, foi satisfatória a temporada de 2024, mesmo sem alcançar nossos objetivos.

Acho que o grande tropeço mesmo, que nós tivemos, foi não ter passado de fase na Copa do Brasil, contra o Ferroviário. Mesmo sendo um jogo nivelado, foi dentro de casa e perdemos. No Estadual, foram algumas coisas alheias, típicas do Maranhense. É complicado, mas faz parte do futebol.

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, e Carlos Eduardo Dias, presidente do Maranhão

Presidente do Quadricolor ao lado de Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, em jogo válido pela Copa do Nordeste 2024. Foto: Iury Oliveira/Maranhão AC

Saídas de peças importantes do elenco

Da minha gestão para cá, em quatro anos, revelamos no futebol nordestino o Moisés, Cavi, Vander, Adeilson, Vinícius Barata, Ronald Camarão e Fabrício. Todos negociados pelo clube. Só que, como o Maranhão estava ressurgindo, as expectativas financeiras são futuras, nada presente. Mas faz parte, a gente tem que olhar também o futebol pelo lado do atleta. Quando ele te entrega, tu não podes negar.

Então todos esses entregaram. Todos maranhenses, numa faixa etária de 25 anos ou menos. Só Cavi era acima, e alguns deles eram ainda sub-23. Fora o treinador (Zé Augusto), que ninguém conhecia (antes de treinar o Maranhão).

Ronald Camarão, do Maranhão, em jogo contra o Tuntum, pelo Campeonato Maranhense

Ronald Camarão foi um dos destaques do 2024 do MAC. Foto: Iury Oliveira/Maranhão AC

Manutenção da base para 2025

No dia em que fomos eliminados pelo Manaus, já estávamos com 70% garantidos. Não tivemos mais porque o Vinícius Barata estava negociado. Se o Maranhão fosse até o duelo contra o Anápolis-GO, ele iria para o CRB até o fechamento da janela. Mas do restante, estão ficando.

Estão saindo um ou dois por opção do clube, ou que não aceitou o que o clube pode oferecer. Mas estamos com uma base bem mantida. Em relação à comissão técnica, ainda não resolvi isso. Primeiro eu estava tentando manter a base, mas depois iria conversar com a comissão técnica. (A permanência do técnico Vinícius Saldanha) é algo que ainda vai ser discutido internamente.

Carlos Eduardo Dias, presidente do Maranhão

Foto: Iury Oliveira/Maranhão AC

Expectativas para o 2025 do Maranhão

Se eu contar o que vou fazer, todo mundo vai ficar sabendo antes. Mas estou fazendo um investimento alto, vou mostrar. Creio que no máximo, em uma semana a 10 dias, para ter uma solução.. Quando eu anunciar esse investimento, que espero que dê certo e que, na minha concepção, está bem adiantado, o Nordeste vai saber como o Maranhão vem.

Estou fazendo uma aposta grande e que vai ser bem vista. Vai ser um cartão de visitas para mostrar como o time vem. Para o elenco, penso em trazer quatro peças de nível para suprir essas perdas. Tem que ser do nível dos que saíram. Isso já vai ser parte da comissão técnica, seja do Vinícius Saldanha, se continuar, ou de outro técnico que vier.

Teremos uma folha salarial mediana, mas que vai dar para a gente brigar. É o que tem que ser. Aqui nós temos 30 dias como todo mundo para pagar. É igual CRB, CSA, Bahia, Fortaleza, Ceará. Se lá são 30 dias, aqui são também, com premiação e tudo. E as condições, mesmo não sendo igual a desses clubes, mas eu brigo muito. Para tirarem, não vai ser nenhum time da B. Uns só perdi quando saímos da Série D, ou quando estávamos classificados.

Nós vamos fortes, para mostrar como viremos para a pré-Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Campeonato Maranhense e Série D. Ano passado foi o Ferroviário (conquistando o acesso), este ano foi o Retrô, e que no ano que vem seja a gente. Além disso, ainda tivemos sorte, porque na Série D teremos dois Samarás (clássico com o Sampaio Corrêa). Vai ser importante para nós.

COMENTE

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PUBLICIDADE

TRENDING