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“Toda SAF tem peculiaridades”, diz VP do Náutico, que reitera poder de decisão ao sócio

Série C, Náutico, PE, Últimas

Por Lucas Holanda

Por Lucas Holanda

Postado dia 27 de setembro de 2023

Timbu avançou em conversas para venda da SAF por cerca de R$ 970 milhões, podendo chegar na casa de R$ 1 bilhão

O Náutico tem conversas avançadas para venda da SAF por cerca de R$970 milhões, mas esse processo não começou do dia para noite. Pelo contrário. O Timbu, desde o ano passado, buscou se preparar para entrar no mercado e passou por algumas etapas. Uma delas, naturalmente, a de entender qual modelo se encaixaria nas particularidades do clube.

Em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o vice-presidente alvirrubro, Luiz Felipe Figueiredo, citou alguns clubes que aderiram ao modelo de SAF, mas apontou algumas particularidades em cada agremiação. Além disso, o dirigente viu algumas semelhanças entre a SAF do Timbu com a do Vasco, em virtude do estádio.

“Fizemos visitas, conversamos..com o Coritiba, por exemplo. Que já começa com uma situação de possível descenso, mas é impressionante que eles já têm algo estruturado para isso. Toda SAF tem suas peculiaridades. A do Coritiba tem envolvimento do patrimônio. A do Cruzeiro começou sem aprovação de RJ. Começou sem saber o volume da dívida, depois teve que fazer ajuste para colocar envolvimento de imobiliário também”, disse Luiz Felipe Figueiredo.


“A do Bahia já não existe estádio, então está mais atrelada à marca e ao futebol. A do Vasco tem estádio, então se parece um pouco mais com a nossa, no investimento ao longo do tempo, mas a gente estabelece prerrogativas de que tem que jogar nos Aflitos, a do Vasco não obriga a jogar em São Januário”, completou o dirigente.

Luiz Felipe Figueiredo_Vice-presidente_Náutico_2023
Foto: Tiago Caldas/CNC

“Quem decide é o sócio”, diz VP do Náutico sobre adesão ao modelo SAF

Questionado se a notícia de conversas da SAF seria algo em virtude das eleições, Luiz Felipe rechaçou envolvimento político. Além disso, o dirigente revelou que o tema, apesar de ser discutido no Conselho Deliberativo, será decidido pelo sócio conforme as negociações avancem.

“Sobre eleição, quem me conhece sabe que não tenho qualquer apego a essa questão eleitoreira. Desde sempre deixei claro o meu posicionalmente sobre a parte política do clube”, iniciou o dirigente.

“Antes, no começo desse processo todo, até levantaram, com base no estatuto, que a questão da SAF poderia ser aprovada pelo Conselho, já que ele foi eleito pelo sócio. Mas, não é uma decisão de Conselho. Por mais que a gente deva respeitar o Conselho. Mas é uma decisão que não pode ficar restrita dessa forma. Eles fazem, sim, crivos e ajuste, mas quem decide é o sócio”, completou.

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Foto: Tiago Caldas/CNC

Conversas para venda da SAF

De tudo o que aconteceu no Náutico após a eliminação na Série C, a notícia de avanços no tema da SAF certamente foi o que deixou o alvirrubro mais empolgado.

Isso porque, após meses de tratativas, o Timbu avançou nas conversas da venda da SAF por cerca de R$ 970 milhões investidos – com esse valor podendo aumentar, diga-se – durante dez anos.

Para chegar neste valor, o clube terá metas esportivas e possíveis investimentos estruturais nos Aflitos, sede e CT, além de pagamentos de dívidas. O Timbu terá orçamento mínimo, com aumento considerável proporcional ao que teve nos últimos anos,  garantido em todas as séries.

As conversas foram conduzidas pela empresa de consultoria Operação PLURI / Bridge Sports Capital e o escritório de advocacia Cahu Beltrão. A negociação iniciou há pelo menos seis meses e um dos sócios, inclusive, foi a um jogo do Náutico, nos Aflitos, neste ano.

Em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente alvirrubro, Luiz Felipe Figueiredo, falou sobre a proposta e detalhou o processo vivido pelo clube em preparação para a venda da SAF.

“É verdade que tem proposta em mesa. Na realidade, alguns trabalhos estão sendo desenvolvidos. A SAF não é simplesmente a compra de uma empresa ou um terreno. Existe um mix de processos. Muito se fala muito em valor, mas vai além. O dinheiro investido será aplicado dentro do negócio. São muitas pessoas envolvidas. E é natural que não haja um posicionamento oficial. Assim como pode dar certo, também pode dar errado”, disse.

Se as negociações avançarem, a expectativa é de que o Náutico receba uma proposta, leve ela ao Conselho Deliberativo e, na sequência, seja convocada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), onde os sócios vão definir pela aprovação ou não.

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Foto: Tiago Caldas/CNC

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