Após a boa partida contra o Athletico, a formação do Sport na derrota para o Internacional, na noite desta segunda-feira, trouxe surpresas. Além de quatro mudanças, o técnico Gustavo Florentín armou a equipe com três zagueiros e dois centroavantes. Esquema que, pode-se dizer, não funcionou, já que o Rubro-negro apresentou-se bem apenas no segundo tempo, quando abriu mão do modelo de jogo ao tirar Sabino (sentindo a coxa) e entrar Paulinho Moccelin.
VÍDEO: assista ao gol da derrota do Sport para o Internacional, na Ilha do Retiro
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Em entrevista coletiva após o revés por 1 a 0 na Ilha do Retiro, o treinador paraguaio foi questionado pelas alterações. E explicou que a ideia era ‘’surpreender’’ o clube gaúcho. Ao mesmo tempo, entretanto, reconheceu que foi pouco eficaz – muito por conta do gol sofrido cedo, conforme avaliou.
“Nossa ideia com esse esquema de 3-5-2 tratava de surpreender o adversário ocupando os lados do campo com dois laterais, ofensivamente, e dois centroavantes. Tratava-se de ter maior força ofensiva. Tínhamos trabalhado bastante ao longo da semana com esse esquema e vendo também a possibilidade de ter variantes dentro das situações que ocorressem ao longo da partida”, iniciou.
“Com três minutos, toda a tática e estratégia que a gente tinha não serviu porque saiu o gol. A partir daí tivemos muitas dificuldades emocionais que repercutiram bastante durante 20 e 25 minutos da partida e toda a estratégia que tínhamos não pôde ser utilizada por isso”, acrescentou o paraguaio.
Com o resultado, o Sport chega a seis partidas seguidas sem vencer e sem fazer gols, figurando em penúltimo lugar, com 17 pontos, cinco abaixo do São Paulo, primeiro time fora da degola. Na sequência, o Rubro-negro visita o líder Atlético-MG, neste sábado.
Confira outros trechos da entrevista coletiva
O gol cedo atrapalhou?
“A gente tratou de ser mais ofensivo, atacar com muita gente, no momento de defender era sair com muita gente para o Internacional não encontrar os espaços necessários já que eles têm muitos bons jogadores técnicos e com transição rápida. Rapidamente, com o gol deles, eles desequilibraram numa perda de bola e nos pegou mal colocados defensivamente”.
Por que tantas mudanças, de esquema e peças, depois de um bom jogo contra Athletico?
“Queríamos ser mais ofensivos, ter dois centroavantes de boa envergadura física e ganhar as costas. Tanto Zé (Welison) como (Everton) Felipe podem pisar na área também. E não saiu porque aos três minutos levamos o gol e o grupo entrou numa imprecisão. Depois buscamos nos sobrepor e corrigimos alguns aspectos táticos ao término do primeiro tempo e no segundo também, onde mantivemos uma estrutura e jogamos no campo adversário”.
O Sport está com azar no ataque?
“Sim, é também uma questão de sorte, às vezes quando sai um chute de média distância. Estamos testando de média distância, estamos testando dentro da área, geramos os cruzamentos necessários entre linhas e não estamos sendo capazes de concluir da melhor maneira. Às vezes também é mérito do goleiro, mas não há outra fórmula que não seja insistir em trabalhar para poder encontrar o caminho”
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