Nesta semana, o Santa Cruz não tem nenhum compromisso dentro de campo, feito raro, mesmo com só uma competição no calendário coral. Para o Clássico das Emoções, contra o Náutico, os corais têm 11 dias de intervalo, recuperando seus jogadores e dando tempo para Leston Júnior trabalhar em corrigir os erros defensivos e ofensivos da equipe e treinar o novo ataque titular, que deve ter Rafael Furtado no lugar de Walter, que deixou o clube.
Nesse intervalo entre a vitória sobre o Vera Cruz, no último sábado, e o clássico, na quarta-feira, o Tricolor, o clube se reapresentou na terça e deve seguir com a preparação até a véspera da partida. Ao todo, devem ser 10 sessões de treino, com dois dias de jornada dupla, dando bastante tempo para Leston Júnior seguir com os necessários ajustes para dar mais equilíbrio ao futebol coral.
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Vivendo grandes instabilidades nesse início de ano, o Santa Cruz tem o segundo melhor ataque do Pernambucano, com 18 gols, mas vem de dois jogos com fraco desempenho ofensivo, tendo dificuldades para aumentar a intensidade no último terço e ter agressividade. Essa situação foi comentada por Leston após a fraca atuação no primeiro tempo contra o Vera Cruz.
“A bola chegou muito aos nossos meias. O problema é que nós não conseguimos fazer com que essa bola que chegava à intermediária do Vera Cruz se tornasse uma jogada agressiva, vertical, de profundidade (…) Era importante levar a bola na lateral da área para que a gente afundasse mais a defesa e tivesse preenchimento de área. A construção inicial acontecia, mas na intermediária ofensiva, a gente tinha dificuldade para transformar em agressividade”.
Assim, a tendência é que esse seja um dos focos de Leston Júnior nos trabalhos desta semana. O time também terá reforços para ajudar nessa função, uma vez que o volante Gilberto, principal peça de saída de bola no meio de campo coral, foi liberado pelo DM. Além dele, o atacante Matheus Anderson, que conseguiu fortalecer o ataque do time após no último segundo tempo, também deve estar à disposição para os 90 minutos.
A defesa
Falando da retaguarda, o Santa Cruz vive dificuldades desde o primeiro jogo da temporada. Com a terceira pior defesa do Estadual, o Tricolor só passou ileso no jogo contra o Íbis e ainda não conseguiu passar muita confiança para a sua torcida. Nesse processo, Lucão já perdeu a titularidade, viu Júnior Sergipano assumir esse posto por um jogo e se lesionar. A boa notícia é que ele deve voltar nesta semana, ficando à disposição para o jogo.
Ainda assim, o sistema defensivo como um todo ainda não conseguiu convencer e, agora, no clássico, vai ter um de seus maiores testes na temporada, ao enfrentar Jean Carlos e companhia. Assim, outra missão para Leston Júnior é concertar essa fragilidade defensiva, apresentando um time com maior consistência para esse jogo importante.
A pausa na maratona do Santa Cruz
Essa situação se torna importante porque, mesmo com uma competição apenas no seu calendário do primeiro semestre, o time de Leston Júnior não vinha conseguindo tantas semanas livres para se focar nos treinamentos. Entre a 2ª e a 6ª partida do Pernambucano, o Tricolor fez cinco jogos em 16 dias, em uma sequência finalizada no clássico contra o Sport.
Depois, o time teve uma semana livre antes dos jogos contra Retrô e Vera Cruz. E, agora, antes de enfrentar o Náutico, o Santa Cruz têm a sua maior pausa desde o início da temporada, com 11 dias entre o último jogo e o Clássico das Emoções. Esse espaçamento foi comemorado pelo lateral direito Edson Ratinho, que afirmou ser importante buscar os ajustes do time, ainda mais conseguindo vitórias, para garantir a confiança ao elenco.
“É muito importante, não só para nós, atletas, mas para a comissão também, para ajustar os erros que tivemos nos jogos, principalmente porque não vínhamos tendo esses tempos longos para treinar. Então, cada vez mais, é importante ter tempo para ajustar. Ainda mais quando é ajuste com vitória, não quer dizer que esteja tudo certo, tem erros também. Mas é muito bom ter esse tempo de trabalho, principalmente para a gente estar cada dia mais entrosado, mais fechado. É muito importante porque temos um jogo muito decisivo pela frente”.
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