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Dal Pozzo diz que Sport é o maior desafio da carreira e minimiza rejeição: ‘Estímulo’

Novo técnico concedeu entrevista coletiva; veja principais trechos

Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife

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Gilmar Dal Pozzo chega ao Sport para encarar o maior desafio da carreira. Quem garante isso é o próprio treinador, apresentado oficialmente no fim da manhã desta segunda-feira, na Ilha do Retiro. Em entrevista coletiva, ele reiterou estar preparado para ser o novo técnico do clube e comemorou estar de volta à capital pernambucana, onde já trabalhou três vezes – uma como atleta do Santa Cruz e outras duas como treinador do Náutico.

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“Satisfação grande de voltar ao Recife, me sinto em casa, da primeira vez que vim fui muito bem acolhido, me sinto muito à vontade para falar isso. Primeiramente agradecer pela confiança a Yuri, Augusto, todas as pessoas que estiveram envolvidas. Foi determinante para a minha escolha, de coração, a vontade, o desejo de trabalhar aqui. Me sinto muito preparado para cravar o nome na história do Sport, buscar os objetivos e o principal deles, que é o acesso”, afirmou.

Recentemente, o gaúcho de 52 anos estava no Joinville, onde fez trabalho de um mês, finalizado no começo de março. Antes, havia passado o ano de 2021 fora do mercado, tempo em que buscou estudar e se aprimorar, com cursos na CBF e de relações humanas.

“Me sinto muito à vontade e preparado depois de um período, no ano passado, buscando me aperfeiçoar, me qualificar para evoluir também. Também queria agradecer a César (Lucena, auxiliar), que fez essa transição com conceitos parecidos do que imagino, do que vou aplicar. É o maior desafio da minha carreira e me sinto muito preparado”, disse Dal Pozzo.

Pode-se dizer, aliás, que o técnico terá de conquistar a torcida rubro-negra. Isso porque a maior parte dos comentários nas redes sociais logo depois do anúncio dele foram de reprovação ao nome. O treinador tratou com naturalidade o fato e afirmou que serve de motivação.

“É normal. Na época da Chapecoense tive rejeição de 80% e isso é normal. Não posso controlar. É opinião do torcedor, eu entendo. Mas terei a grande oportunidade de contornar isso com trabalho. Na Chape com 80% de rejeição saímos da Série C para a Série A (entre 2012 e 2014). Então isso não me preocupa, pelo contrário, me estimula ainda mais. Trato com naturalidade e estímulo de quando sou desafiado”, completou o novo comandante.

O primeiro contato do técnico com o grupo será nesta segunda-feira, com treinamento no CT. Já a estreia de Dal Pozzo no comando ocorre quarta-feira, diante do Íbis, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano.

Outros trechos da coletiva de Dal Pozzo no Sport

Trabalho com a base

“Historicamente os clubes em que passei eu tenho essa facilidade de trabalhar com a base, desde que tenha qualidade. E hoje o Sport tem uma herança boa. Eu valorizo muito (a base), além da qualidade, pelo valor que é vestir a camisa. O jogador que é da base valoriza mais, mora na concentração, entende a exigência, é identificado. Isso facilita, encurta o caminho para o técnico que, de fato, eles são envolvidos 100% no processo. Então é muito fácil, o Sport tem jogadores de qualidade que nos ajudam e vão ajudar mais ainda”.

Apelido de ‘padre’, pelo estilo tranquilo e perfil que planeja ter no Sport

“Não me importo com o apelido, isso não me incomoda. Meu perfil é muito equilibrado, tenho esse lado humano e isso me chamou muita atenção no Sport, as relações humanas de diretoria, comissão, jogadores. Trabalho muito integrado. E vamos agir dessa forma com os atletas. Costumo dizer que sou muito pontual e cirúrgico na cobrança, na hora de dar moral. É o timing certo. O momento que eu entendo que tem de fazer uma cobrança, por falta de comportamento ou atitude, é o momento de fazer uma cobrança mais forte. Quando eles estão empenhados em fazer um bom futebol, é um ajuste tático, uma maneira diferente de passar informações. Me sinto muito equilibrado. Quando tiver de cobrar, farei, porque é o meu perfil, sou comandante e é o DNA do clube. E na hora de dar moral também”

Últimos trabalhos: Paraná (2020) e Joinville (2022), e período se aperfeiçoando

“De fato desempenho e resultado ficaram muito abaixo da expectativa, pelo momento que eu vinha na carreira, fizemos uma sequência boa (até o Náutico, entre 2019 e 2020, com título da Série C). Mas entendia a necessidade, pela transformação do futebol, invasão de técnicos estrangeiros, em alguns momentos temos de parar, pensar e qualificar. Como fiz a transição de atleta para técnico em 2007 e 2008, eu não tive tempo de me aperfeiçoar. Fiz isso conforme o trabalho andava. E entendi que em momentos da vida temos de ter humildade, nos qualificar, porque sei onde quero chegar como técnico. Entre Série A e B tenho mais de 400 jogos como atleta e técnico. E depois de tudo isso entender que precisava de algo diferente. E fui buscar, concluí o curso da CBF, fiz outros cursos de relações humanas. E o mais importante, assisti mais de 100 jogos meus para ver onde tinha que melhorar os conceitos. E cheguei a conclusão que teria de fazer melhor, principalmente na construção de jogadas. E agora desenvolvi isso. Consegui em um período curto no Joinville, em 30 dias, aplicar. Já venho de forma aquecida, de um trabalho bom de recuperação, para dar sequência a minha carreira”.

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