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Zé Teodoro diz que atletas do Santa precisam aprender a ‘trabalhar na dificuldade’

Reprodução/TV Coral

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Um velho conhecido retornou oficialmente ao Santa Cruz. Bicampeão pernambucano como treinador, Zé Teodoro foi apresentado nesta quinta-feira como novo diretor técnico coral. Ele falou sobre o momento e as dificuldades do clube, além da nova função que irá exercer.

Nessa 2ª passagem no Arruda, Zé Teodoro será diretor técnico do Santa Cruz, função que foi descrita por ele. “Eu vou ser o intermediador, trabalhar em um elo de ligação entre diretoria, jogador e comissão técnica”. Com isso, ele se colocou à disposição de Marcelo Martelotte.

“A minha função hoje é totalmente diferente. Eu não vou, logicamente, não participar da parte técnica, da parte tática. Minha obrigação é trabalhar naquilo que o Marcelo necessitar. Ser o elo de ligação e poder ajudar nas exigências, no que o clube tiver condições, trabalhar com a diretoria”.

Zé Teodoro disse que também recebeu propostas para treinar, mas optou por voltar ao Santa Cruz e já vê a carreira de técnico no passado. “Como treinador, é uma coisa já do passado, e eu prefiro estar acompanhando todos os setores, comissão técnica, jogadores e dando suporte ao Marcelo”.

O momento do Santa Cruz

De volta ao Arruda após 10 anos, Zé Teodoro viu diferenças no Santa Cruz. Mas, segundo o diretor, o apoio da torcida pode voltar a ser o diferencial para o clube.

“Talvez aquele momento vá ser diferente, depois da pandemia. Lá, a torcida comprou a ideia, comprou a briga. Transformou o clube e ganhou o respeito. Agora, estamos vindo de uma crise difícil, mas o torcedor já provou que está acreditando e confiando no trabalho”.

Mas, mesmo com essa confiança, ele reconheceu que o clube vive um cenário de dificuldade e alertou o elenco. “Os jogadores, para trabalhar no Santa Cruz, tem que aprender a trabalhar na dificuldade. E ela é momentânea. Ela pode se mudar e transformar de uma hora para outra”.

Assim, ele projetou um trabalho para blindar e dar melhores condições aos jogadores. “Eu acho que o importante é passar confiança e credibilidade. Dar condições para esses jogadores. Para todo mundo se esforçar, ajudar o presidente, ajudar o clube a sanar os problemas internos”.

Mudanças no elenco do Santa Cruz

Outro assunto que entrou na pauta de Zé Teodoro foi a reformulação no elenco coral. Após as saídas de Leston Júnior e Marcelo Segurado, os atletas Marcos Martins e Mateus Anderson pediram desligamento do clube. E o Santa Cruz já observa o mercado atrás de novas peças.

Essa situação foi minimizada pelo diretor técnico. “A gente tem que ser rápido. Sabemos que se não tiver satisfeito, contente ou comprometido, a gente tem que atender o pedido e ir em busca de um substituto à altura”. Ele ainda continuou.

“Então, é o que a gente está procurando fazer. Ninguém é insubstituível. E se isso realmente for concreto, nós já estamos buscando um jogador para substituir o atacante de beirada (Mateus Anderson)”.

Leia os demais pontos da entrevista de Zé Teodoro

As diferenças do Santa Cruz de 2011 para o de 2022

“São dois momentos diferentes. Talvez, eu encontrei um clube com estrutura física até melhor. Em algumas situações, setores do clube, alguns pontos que eu acho que estão sendo muito positivos”.

“Mas eu acredito que o único problema em diferença que eu encontrei, foi a situação do problema financeiro que o clube está vivendo. Talvez seja a diferença da situação do passado”.

“É um clube que saiu do momento sem vaga para a Série D, sem divisão, para chegar no caminho até a Série A e hoje encontra-se de volta a uma divisão que realmente requer uma atenção, um equilíbrio, uma tranquilidade para poder buscar o objetivo maior, ganhar a confiança de todos”.

O trabalho com o Marcelo Martelotte

“A conversa sempre é transparente, olho no olho. Sendo sincero, todo mundo que me conhece sabe da minha de trabalhar nessa nova função. E como está vindo outra pessoa, eu e o Marcelo fizemos um trabalho muito positivo, nós fomos convocado para voltar, exercer e enfrentar essa nova missão”.

“Eu acho que o importante é que a gente continue se entendendo, conversando, dialogando com os jogadores. Passando a experiência de todos aqueles momentos que nós passamos aqui junto, para poder acrescentar e ajudar”.

“O Santa Cruz é um clube que tem uma marca muito forte. E com a nossa chegada, com o trabalho dos jogadores, com o momento de dificuldade que nós superamos e que vamos enfrentar, eu acredito que a gente possa fazer um grande trabalho”.

A mudança na carreira

“Eu estou me preparando. É uma mudança de função que eu vou exercer dentro do futebol. Mas tem uma experiência como jogador e como treinador”.

“Eu tive algumas propostas, mas achei melhor me preparar, estudar, fazer algum curso, observar, conversar com as pessoas da área de coordenação de futebol, e procurar, a cada vez, estar aqui para ajudar um clube que eu gosto. Eu também fui convocado para isso”.

“O Santa Cruz, eu tenho uma identificação muito grande, é uma torcida que realmente merece. Não podia estar nessa situação que está. Mas eu vou exercer, vou procurar voltar a fazer esse trabalho”.

As expectativas para o trabalho

“Nós temos que aproveitar tudo de positivo do Marcelo e do Leston. O grupo está dentro do que o Marcelo vai poder analisar, avaliar. Eu acho que o Santa Cruz tem uma marca muito forte, nós temos que jogar sempre para ganhar”.

“A mentalidade, a atitude, a imposição tem que ser a mesma que o Marcelo já tem uma larga experiência, tem competência, já trabalhou aqui em outras passagens. Conhece as divisões, todas elas”.

Momento do Santa Cruz

“Eu acho que melhorou muita coisa. O clube teve insucessos, dificuldades, divisão política e a questão financeira”.

“O presidente tem 30, 40 dias de trabalho. Então, as coisas que aconteceram prejudicaram todo esse início de competição no campeonato regional, no Campeonato Brasileiro. Agora é necessário ter calma, equilíbrio, tranquilidade.

“Acho que tem que blindar os jogadores. E saber que o clube vai poder se reerguer, se todos se unirem neste momento. Não é só a parte política. É a torcida saber que a presença dela é fundamental no momento da competição”.

“Ela já vem ajudando. Na chegada nossa, já foi importante. E, para nós, é satisfatório. Eu fico contente. Acho que nós estamos no caminho certo para conseguir o objetivo necessário”.StopStop

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