O presidente do Sport se pronunciou sobre a saída do técnico Lisca, que vai para o Santos. Em fala que durou pouco mais de cinco minutos, Yuri Romão disse que a atitude do ex-comandante do Leão foi antiética e que faltou hombridade.
O mandatário leonino revelou que foi pego de surpresa antes da partida ante o Vila Nova com ligações de jornalistas perguntando sobre a saída de Lisca para o Santos. O presidente não gostou como o treinador conduziu todo o processo.
“É dessa forma que o professor sai. Ele poderia ter saído. Ele deveria ter a hombridade de nos procurar e dizer a verdade, porque ele está faltando com a verdade não só comigo, com a diretoria e instituição, como também com o torcedor que tanto o abraçou. No quesito respeito, ética e hombridade, ele está do outro lado do alambrado. Ele pulou do alambrado”, disse o presidente.
Além disso, revelou que vai exigir o pagamento integral da multa rescisória do treinador. Yuri Romão, no entanto, não afirmou os valores da rescisão, mas disse que a quantia será paga pelo Santos ou pelo próprio Lisca.
“Com relação à rescisão, gostaria de deixar claro que o Sport não abre mão da multa rescisória. Estamos aguardando que o clube para onde ele vai ou ele próprio nos procure para acertar a multa rescisória da saída do profissional”, disse.
Ainda no pronunciamento, Romão rechaçou a ideia de que a torcida tenha demitido Lisca, algo dito pelo próprio treinador após o empate por 0 a 0 ante o Vila Nova. O presidente do Sport afirmou que os rubro-negros tiveram uma insatisfação e se manifestaram contra.
A notícia de que Lisca iria para o Santos foi publicada pelo UOL Esporte minutos antes da bola rolar na Ilha do Retiro. Após saber do fato, a torcida do Leão ficou irritada, passando a xingar o técnico de mercenário e hostilizar o comandante. Além disso, o treinador foi atingido por um copo que tinha “cerveja misturada com outro líquido”, segundo Lisca.
“Ao final do jogo fomos até a sala do nosso treinador para conversar e saber da veracidade da nossa informação. Dentro da nossa conversa, ficou claro que estava sendo criada uma narrativa para que o clube demitisse o treinador, onde ele começou a alegar que a torcida do Sport havia o demitido, que não havia mais clima para que ele ficasse e nós seguramos e não tivemos nenhuma atitude em relação a isso”, disse Romão.
“Porque seria uma atitude que oneraria e muito o nosso clube. Todos os contratos com treinadores e jogadores sempre tem uma cláusula de rescisão. Eu não poderia jamais inverter essa posição. Não poderia jamais onerar a nossa situação financeira”, seguiu.
“Tudo isso denota uma atitude antiética por parte do treinador que prejudicou não só o projeto, porque ele fez questão de conversar comigo por vídeo e eu não estava no Brasil nessa data, falamos muito do projeto de chegar na Série A e dele permanecer após o acesso”, completou.
Lisca, inclusive, sequer apareceu na reapresentação do Sport nesta terça-feira. As atividades da casa foram comandadas por César Lucena, auxiliar fixo da casa. O Rubro-Negro, aliás, já está em busca de um novo treinador.
Veja, na íntegra, o pronunciamento do presidente do Sport
Um pouco antes do início da partida contra o Vila Nova. Eu, juntamente com Augusto Carreras, fomos pegos de surpresa com uma avalanche de ligações de jornalistas do sul perguntando pela saída do nosso treinador. Ao final do jogo fomos até a sala do nosso treinador para conversar e saber da veracidade da nossa informação.
Dentro da nossa conversa, ficou claro que estava sendo criada uma narrativa para que o clube demitisse o treinador, onde ele começou a alegar que a torcida do Sport havia o demitido, que não havia mais clima para que ele ficasse e nós seguramos e não tivemos nenhuma atitude em relação a isso. Porque seria uma atitude que oneraria e muito o nosso clube.
Todos os contratos com treinadores e jogadores sempre tem uma cláusula de rescisão. Eu não poderia jamais inverter essa posição. Não poderia jamais onerar a nossa situação financeira. Tudo isso denota uma atitude antiética por parte do treinador que prejudicou não só o projeto, porque ele fez questão de conversar comigo por vídeo e eu não estava no Brasil nessa data, falamos muito do projeto de chegar na Série A e dele permanecer após o acesso.
Atrapalha o nosso planejamento e a partir de hoje recebemos a pouco o comunicado oficial assinado por ele, onde ele pede a demissão do Sport. Tanto Augusto Carreras, quando Jorge Andrade já estão atrás de um novo treinador e atrás de reforços para o nosso clube.
Eu gostaria de deixar claro, até para desmistificar duas situações. Primeiro, a narrativa de dizer que a nossa torcida foi a culpada pela demissão do treinador ou da comissão técnica. Não houve isso. A nossa torcida o abraçou desde o primeiro momento.
Agora, também desde o primeiro momento antes da partida de ontem, que, em tom enigmático, o próprio profissional já estava dando todas as características que deixaria o clube. Logicamente, a nossa torcida teve uma insatisfação e se manifestou contra. Dizer que a nossa torcida é culpada não é justo, não é correto, não faz parte do profissionalismo do Sport.
Com relação à rescisão, gostaria de deixar claro que o Sport não abre mão da multa rescisória. Estamos aguardando que o clube para onde ele vai ou ele próprio nos procure para acertar a multa rescisória da saída do profissional. E complementando, não houve perseguição a nenhum familiar da comissão técnica. Observamos as câmeras de segurança do clube, não há nenhum registro de agressão que o valha.
Estão criando uma segunda narrativa, denotando uma atitude antiética, que não combina com a atual gestão, que recebeu a nova comissão técnica de forma respeitosa, com muita responsabilidade.
É dessa forma que o professor sai. Ele poderia ter saído. Ele deveria ter a hombridade de nos procurar e dizer a verdade, porque ele está faltando com a verdade não só comigo, com a diretoria e instituição, como também com o torcedor que tanto o abraçou. No quesito respeito, ética e hombridade, ele está do outro lado do alambrado. Ele pulou do alambrado.
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