Apesar de ter chegado à final da Copa do Nordeste, o Sport viveu um 2022 de insucessos no futebol. Eliminado mais uma vez na primeira fase da Copa do Brasil, o Leão também ficou de fora da final do Campeonato Pernambucano.
E no Campeonato Brasileiro da Série B, principal competição do clube na temporada, o acesso não veio. O que causou muita frustação no torcedor, que espera um 2023 diferente. Porém, vamos passar um “pente fino” para você relembrar como foi a temporada rubro-negra.
Gringolândia
Depois do rebaixamento e de duas renúncias de presidentes (Milton Bivar e Leonardo Lopes), além do caos político vivido pelo clube, a escolha de Yuri Romão foi por manter o que foi bem aceito pela torcida no finalzinho de 2021.
Com isso, a manutenção do paraguaio Gustavo Florentín foi quase que unânime entre torcida e imprensa. Porém, a montagem de elenco, limitada por conta dos inúmeros problemas financeiros e de falta de credibilidade do clube no mercado, acabaram trazendo atletas que não conseguiram render o esperado.
Tanto que nenhum estrangeiro indicado por Florentín renovou para 2023. Chegaram ao clube: o volante argentino Nicolás Watson, o atacante colombiano Ray Vanegas, o lateral-esquerdo uruguaio Lucas Hernández, o volante paraguaio Blas Cáceres, e o atacante chileno Javier Parraguez.

Sem desempenhar um bom futebol nos primeiros jogos do ano, o estopim se deu na eliminação para o Altos-PI, na primeira fase da Copa do Brasil. Com mais um vexame na competição, terminava assim a era do Paraguaio no leão.
Florentín deixou a Ilha do Retiro com 39,3% de aproveitamento, após 33 partidas no comando da equipe, incluindo os compromissos em que o técnico esteve suspenso ou afastado por questões como teste positivo para Covid-19. Foram 10 vitórias, nove empates e 14 derrotas ao todo.
- Em 2021: seis vitórias, quatro empates e 10 derrotas
- Em 2022: quatro vitórias, cinco empates e quatro derrotas
O Padre
Gilmar Dal Pozzo já chegou ao Sport demitido. Sem respaldo da torcida, que fez vários protestos antes e depois da sua chegada, o treinador conviveu com uma pressão muito grande, mesmo vivendo alguns bons momentos.
Apesar de ter chegado na final da Copa do Nordeste, contra o Fortaleza, a eliminação em casa para o Salgueiro, no Campeonato Pernambucano, acendeu o sinal de alerta em todos. A falta de repertorio ofensivo, além da leitura de jogo incompatível com o que o jogo pedia, sempre foram os pontos mais criticados pela imprensa.

A boa largada do time na Série B deu sobrevida a Dal Pozzo, que inicialmente fez o time brigar pelo G4, em uma Série B com Cruzeiro, Vasco, Bahia e Grêmio. Porém, sem conseguir somar pontos longe da Ilha do Retiro, o Sport perdeu força, e o resultado se refletiu na tabela. A falta de contratações também foi algo que atrapalhou.
O empate por 0x0, diante do Brusque, na Ilha do Retiro, foi o ponto final para o treinador, que não conseguiu reverter o cenário de críticas. A trajetória de Gilmar Dal Pozzo no Sport durou 21 jogos, com oito vitórias, nove empates e quatro derrotas.
O Doido
“Lisca doido é do leão”. Namoro antigo do clube, as duas partes chegaram à um acordo, que reacendeu a torcida, que já se encontrava sem esperanças em relação ao acesso. Após uma calorosa recepção no aeroporto, o Sport reagiu de imediato, conseguiu somar bons resultados, mas o amor acabou rapidamente, como um sentimento de adolescente.

Uma proposta do Santos, que vazou antes do jogo contra o Vila Nova, mexeu com o treinador, que decidiu voltar para o mercado da Série A. O jogo que aconteceu na Ilha do Retiro se tornou um verdadeiro caos. Revoltados, os torcedores arremessavam objetos contra o técnico, além de distribuir xingamentos, como “Mercenário”.
Lisca estreou com um empate em 0x0 com o Vasco, no Maracanã. Em seguida, venceu o Londrina por 2×0, na Ilha do Retiro. Depois, novos empates sem gols, contra Operário/PR (Germano Kruger) e Vila Nova (Ilha). Aproveitamento de 50%.
O Teimoso
Claudinei Oliveira chegou ao Sport em um momento conturbado. Já com o time fora do G4, o treinador recebeu a missão de substituir a rápida e conturbada passagem de Lisca. Na ocasião, o Sport somava apenas duas vitórias, nos 12 jogos que antecederam a chegada de Claudinei.
Com as chegadas de Vagner Love, Gustavo Coutinho, Labandeira e Wanderson, o criticado ataque se renovou, e o time ganhou corpo. Mas a escassez de vitórias fora de casa pesou. Outro ponto muito questionado pela torcida era a demora do técnico na hora de fazer mudanças no ataque rubro-negro. Fato que atrapalhou a evolução do time.

O jogo fora de casa com o Brusque, foi o único que o Sport venceu com o treinador longe de casa. Claudinei não renovou contrato, e o clube se prepara para 2023 com Enderson Moreira, com o objetivo claro de garantir sua volta à Elite do Brasileiro.
Ao todo, em 18 jogos disputados com Claudinei, o Leão venceu nove partidas, e teve ainda três empates e seis derrotas, sendo todas as partidas da Série B. Um aproveitamento de 55,5% dos pontos disputados.
Números do Sport em 2022:
Jogos: 61
Vitórias: 24 (19 casa) – (5 fora)
Empates: 21 (10 casa) – (11 fora)
Derrotas: 16 (2 casa) – (14 fora)
Gols feitos: 75 (56 casa) – (19 fora)
Gols sofridos: 52 (20 casa) – 32 fora)
Saldo: + 23
Aproveitamento: 50,81%
Técnicos: Gustavo Florentín, Gilmar Dal Pozzo, Lisca e Claudinei Oliveira
Artilheiro: Luciano Juba (10 gols)
Líder de assistências: Luciano Juba (9)
Quem mais jogou: Luciano Juba (57 jogos)
Mais cartões amarelos: Ronaldo Henrique (12)
Mais expulsões: Carlos Eduardo, Denner, Gustavo Coutinho, Pedro Naressi, Vagner Love, Fábio Alemão, Ronaldo, Fabinho, Sander e Luciano Juba (1)
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