Treinador chega para comandar a equipe nos últimos 12 jogos da Série B, onde o clube precisa de desempenho avassalador pela permanência
O momento do ABC é o pior possível na Série B. Sem vencer há 11 rodadas, o Alvinegro tenta sua última cartada pela permanência. No último sábado (2), demitiu o técnico Allan Aal e, no dia seguinte (3), anunciou o acerto com Argel Fuchs. O novo comandante foi apresentado nesta segunda-feira (4) e encontra um cenário muito complicado pela frente.
Isso porque o ABC é o lanterna da Série B, com 16 pontos, e possui uma chance de 99,4% de ser rebaixado para a Terceira Divisão, de acordo com o site especializado Chance de Gol. Mas Argel Fuchs não se mostra intimidado com o momento do clube e afirmou: “Eu gosto deste tipo de desafio”.
“O nosso pensamento são nesses 12 jogos que faltam da Série B. Quando recebi o convite no domingo, foi uma alegria muito grande. Tudo na vida tem um propósito, e estou aqui no dia do meu aniversário iniciando um trabalho, buscando essa recuperação. Eu gosto desse tipo de desafio, acho legal. É uma equipe forte, que tem uma torcida apaixonada”, falou o treinador.
“Nosso primeiro momento é pensar na Série B, no jogo a jogo. Conheço alguns jogadores dessa equipe, que já trabalharam comigo. Assisti ao jogo contra o Botafogo-SP, contra o Sampaio Corrêa. A gente é do meio do futebol e gostamos desse tipo de desafio, para nos entregar corpo e alma e trabalhar jogo a jogo”, acrescentou Argel.
“Tenho acompanhado o ABC e tem jogado muito bem fora de casa. Se você analisar o jogo contra o Botafogo-SP, a posição do ABC não condiz um com o outro. O ABC fez um jogo parelho e até parecia que estava jogando dentro de casa. Merecia até a vitória. Acabou tendo um gol anulado por causa de um passo”. ponderou.

Treinador diz que, se não acreditasse no ABC, não teria aceitado
Atualmente o ABC está 11 pontos atrás da Chapecoense (15º) e Avaí (16º), os primeiros times fora da zona de rebaixamento da Segundona. Com um histórico de livrar times de rebaixamento, Argel Fuchs volta a encarar esse tipo de trabalho e relembrou algumas dessas situações que passou na carreira.
“Sou movido a desafios. Já passei por uma situação muito parecida em 2014 na Série A com o Figueirense, que era virtualmente rebaixado e a gente salvou o clube com quatro rodadas de antecedência. E isso já foi com o Criciúma, Portuguesa, Botafogo-SP no Campeonato Paulista. Com o Marcelo Segurado (executivo) passamos por uma situação muito parecida em 2019 com o Ceará, onde a gente também estava na zona de rebaixamento e salvamos o clube na última rodada”, contou.
O novo comandante Alvinegro também falou que aceitou a proposta porque acredita que o ABC pode, sim, se livrar do rebaixamento. E destacou também que gosta desse processo de reconstrução de um clube dentro de um campeonato. Isso o move e o instiga a aceitar um trabalho como esse.
“Várias equipes que a gente conseguiu fazer esse tipo de recuperação. Então a gente acredita. Se não acreditasse não estaria aqui. A gente vem para fazer nosso trabalho. Gosto deste tipo de desafio, não sou engenheiro de obra pronta. Gosto de pegar o castelo meio quebrado para reconstruir pedrinha por pedrinha e é isso que a gente vai fazer pensando jogo a jogo”, concluiu.
Confira a entrevista de Argel Fuchs, técnico do ABC

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