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Kayon lembra período difícil durante lesão e destaca foco 100% no acesso: “O Náutico não é um clube para estar na Série C”

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Meia vive expectativa por retorno aos gramados em neste início de março

Era maio de 2023 quando Kayon rompeu o ligamento cruzado do joelho direito. Ali, a ascensão do prata da casa do Náutico precisou ser interrompida por uma cirurgia e longos meses de recuperação. Hoje, já recuperado e na expectativa de ser relacionado nos próximos jogos, o prata da casa relembra o período difícil longe dos gramados, como lidou com as frustrações o que lhe manteve de pé para superar.

Aos 19 anos, o atleta viu a sua elogiada maturidade à prova durante o período lesionado. Afinal, como o próprio relembrou em entrevista ao NE45, foram momentos de dificuldade. Um deles, por exemplo, foi a eliminação do Náutico na primeira fase da Série C, onde Kayon destaca que ficou de mãos atadas sem poder ajudar o grupo – ali, em agosto de 2023, ele estava indo para o terceiro mês após a cirurgia.

Com o empate do Náutico por 2 x 2 diante do São Bernardo, nos Aflitos, foi impossível Kayon não pensar que com ele poderia ser diferente.

“Aquilo que você trabalha, que você ama e chega em certo ponto que não pode dar um passe, não pode correr, não pode chutar uma bola… Você tem que fazer o que foi determinado pela fisioterapia, apenas exercícios mais leves. É algo que muda a rotina inteira. E exige uma preparação melhor, caso você não se dedique a fazer aquilo, pode ter mais dificuldades lá na frente. Tem que concentrar e colocar na cabeça que é o treino daquele dia. É realmente muito difícil”, disse o jogador.

“Inclusive no ano passado, com a eliminação na Série C, eu pensava que assistia e pensava que se eu tivesse poderia ajudar de outra forma, talvez não fosse dessa maneira que terminou. E aí você pensa que poderia melhorar de alguma forma e ajudar. E aí ficava muito triste, porque você está sentindo tudo o que o jogador tá sentindo, mas sem poder ajudar. Vinha num bom momento, de titular, e do nada se machucar e virar um torcedor, só indo assistir. Isso foi algo muito complicado, mas graças a Deus, com ajuda de família, do clube, consegui passar por essa barreira”, completou o atacante.

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Foto: Gabriel França/CNC

Treinando normalmente e com a expectativa de ser relacionado até o dia 10 de março, Kayon tem planos para o futuro no Náutico, com quem tem contrato até 2025. O jogador revelou o desejo de buscar o título do Pernambucano e quem sabe até do Nordestão, competição que o Timbu nunca ganhou. Contudo, o atacante não titubeia: a prioridade máxima é o acesso à Série B.

Ciente da camisa que representa, Kayon quer o Náutico de volta aos melhores desafios no cenário nacional. E para isso vê como imprescindível o acesso do clube em 2024, relembrando que em 2023 o Timbu não conseguiu – sequer passou da primeira fase.

“Tenho contrato até 2025. E meus planos são que a gente possa conquistar o Campeonato Pernambucano e, quem sabe, o sonhado título do Nordestão, que o Náutico nunca ganhou, e a gente entrar na história, ficar marcado. Creio que o principal objetivo é o acesso à Série B, que não conseguimos ano passado. Cheguei a jogar dois minutos na Série C, mas fazia parte do grupo”, contou o jogador.

“O principal objetivo é esse tão sonhado acesso. O Náutico não é um clube para estar na Série C, pela grandeza que tem, pela história que tem no futebol. Estou confiante. Tudo que foi feito até agora e será um belíssimo trabalho. A gente vem fazendo bem feito. Creio que a gente pode chegar o mais longe possível”, completou Kayon.

O Náutico volta a campo nesta terça-feira (5), diante do River-PI, nos Aflitos, pela Copa do Nordeste, às 19h. Já treinando com o grupo, Kayon pode ser a novidade entre os relacionados.

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Foto: Gabriel França/CNC

Veja, na íntegra, a entrevista com Kayon, do Náutico

NE45: Quando você volta a jogar?

R: Isso é uma dúvida que até eu mesmo nem sei. Estou na expectativa de voltar nas próximas semanas, no início de março. Estou a critério da preparação física, da fisiologia. Estou treinando, me sentindo bem. Nos próximos jogos, Copa do Nordeste, no clássico dia 20 (contra o Sport, pelo Nordestão)… Estou treinando normal. Creio e espero que nos primeiros dez dias de março já esteja jogando

Ansiedade é muito grande, mas estou confiante. Já estou indo assistir aos últimos jogos nos Aflitos, já dá aquele friozinho na barriga, aquela ansiedade que parece que estou indo jogar mesmo. Estou numa expectativa muito grande e espero que possa dar tudo certo”, explicou o jogador.

NE45: Como tem sido a conversa com o técnico Allan Aal nesse processo de retorno?

R: O professor conversou bastante comigo, falando para ter paciência para evitar outra lesão e também voltar confiante, que a gente tem um baita grupo. Já tive algumas conversas com ele frente a frente com o grupo, com ele torcendo para que eu volte bem, sempre falando meu nome nas conversas, dando confiança para eu me sentir como atleta novamente e integrado ao grupo.

Isso é importante para a gente ter confiança e desempenhar da melhor forma possível, com a consciência tranquila de que ele vai ter paciência e está numa expectativa e confiante para que eu volte com calma e em alto nível novamente. A gente percebe que ele gosta de cobrar, diz para a gente fazer o correto e manter o que vem fazendo para não sair do controle. É um excelente treinador, passa muita confiança para os atletas. Espero fazer muito gol para ajudar ele e vice-versa.

Kayon, atacante do Náutico
Foto: Gabriel França / CNC

NE45: Qual o diferencial do grupo do Náutico de 2024 para 2023?

R: Creio que tem uma diferença na parte de muita vontade. Apesar de o grupo do ano passado também ser muito unido, esse grupo eu vejo que é mais unido ainda. Sempre com muita vontade, garra e focado no que foi proposto para a gente alcançar. Vejo uma diferença em comprometimento com o que tem ser feito dentro e fora de campo. O diferencial tem que ser a vontade. Quando falta técnica no jogo, a vontade vai superar tudo aquilo e a gente vai conseguir sair com o resultado positivo.

NE45: Você já disse que Kuki é uma pessoa importante e que lhe ajudou muito. Como foram essas conversas com ele durante o período lesionado?

R: Foi um papo muito bom. Ele infelizmente mudou de papel, saiu do campo e foi para a fisioterapia, aí estava mais próximo. E ele teve uma lesão igual depois que parou e sempre falou: ‘Vocês são muito guerreiros. Eu abandonei a fisioterapia com cinco meses porque é muita dor, muitos exercícios.’ E passava força para a gente continuar, porque ele largou quando já tinha parado de jogar. E ele até tira onda me chamando de ‘Mainha’, porque quando me machuquei minha mãe vinha me trazer no CT.

NE45: Você é cria da base do Náutico, mas agora já é mais experiente em relação aos que subiram agora. Como tem sido esse processo de ser o ‘líder’?

R: Os meninos subiram e estão com a gente. Thalissinho já fez gol, deu assistência e é um cara que converso bastante. Desde 2019 eu já joguei com ele. Temos uma proximidade muito grande. Converso com ele sobre algumas coisas que ele fez no jogo e poderia fazer diferente. E com os outros também, o Samuel, o Felipe, o Luan. Creio que são atletas muito bons e estão ajudando. Creio que a base sempre vai ser o refúgio. A base ajuda bastante. A gente vê os clubes fazendo isso e se dando bem, até pela venda. É o diferencial dos clubes e do Náutico.

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