Com passagens por clubes portugueses e do mundo árabe, o treinador fala das suas preferências táticas
O Sport anunciou na terça-feira (03) a contratação do treinador português Pepa. O profissional de 43 anos acumula passagens por clubes de Portugal e também do mundo árabe. Em território brasileiro, comandou o Cruzeiro, no ano passado.
Adepto de um estilo ofensivo, de construção de jogadas e triangulações, o treinador falou sobre suas ideias de jogo no canal Footure há cerca de dois anos. Confira alguns dos principais tópicos:
Perde, pressiona ou “Perdeu? Reage!”
“Isso não é colocar o ‘sem bola’ na frente do ‘com bola’, mas hoje em dia o futebol está mais competitivo e intenso. O metro quadrado está mais caro e os jogadores estão mais evoluídos coletivamente. Precisamos ter um espírito coletivo em uníssono, todos com a mesma dinâmica, pois hoje em dia a maioria dos gols são em bolas paradas e em transição ofensiva. Portanto, quando nós fomos fortes na reação à perda, vamos estar sempre mais próximos de estar com a bola e voltar a atacar ao adversário. Ter isso numa equipe é meio caminho andado para o sucesso”, afirmou o treinador.

Pepa teve o primeiro contato com os jogadores do Sport – Foto: Paulo Paiva/SCR
Padrão tático defensivo
“Gosto do 4-3-3 com um volante atrás dos meias, com os extremos, dois alas e o centroavante na frente. Para poder regular a fase de construção do adversário, o ala de um lado faz a pressão por dentro no meia do outro lado. Com isso, quando nossos extremos estão avançados, temos uma garantia quantitativa no meio campo. Também uso o 4-4-2 no processo defensivo, mas isto depende da disponibilidade, capacidade física e inteligência dos dois homens da frente”
Construção de jogo a partir do tiro de meta
“Os goleiros hoje estão muito evoluídos para o jogo com os pés e não é preciso o recuo dos meias na construção. Os laterais devem se projetar para ocupar mais espaço, dificultando a equipe adversária em fechar os corredores laterais e central. O “perde reage” é importante, temos que estar taticamente bem posicionados. É importante termos uma estrutura móvel, onde o lateral, meia e atacante de cada lado, farão as triangulações e trarão uma dinâmica. O meio central e o atacante já fazem um papel mais fixo em questões de trocas posicionais”
Alguns números dos jogos pelo Al-Ahli do Catar, último trabalho antes do Sport
. Média da posse de bola: 50,3%
. Média de finalizações: 10,6 por jogo
. Média de passes trocados: 416,9 por jogo
. Desempenho total: 19 partidas sendo nove vitórias, dois empates e oito derrotas
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