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Pedro Soriano, executivo de futebol do Sampaio Corrêa Pedro Soriano, executivo de futebol do Sampaio Corrêa

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Sampaio Corrêa: Executivo fala sobre reforços, perfil do elenco e expectativa para 2024

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Pedro Soriano concedeu entrevista exclusiva ao NE45 e falou sobre a montagem do elenco do Tubarão, além do projeto do clube para este ano

O Sampaio Corrêa entrou na reta final de preparação para o início desta temporada. Com 16 jogadores contratados e um elenco de 27 jogadores, o Tricolor tem todo seu foco voltado para a estreia na fase pré da Copa do Nordeste, no próximo domingo (7), diante do Potiguar, às 16h. Para saber mais desse panorama de como foi a pré-temporada, o NE45 entrevistou o executivo de futebol do Paio, Pedro Soriano.

O dirigente já teve uma passagem pelo Sampaio Corrêa em 2021 e voltou, no início de dezembro, para um novo ciclo. Agora a responsabilidade é diferente: recolocar a Bolívia Querida na Série B e seguir esse projeto de reestruturação do clube, brigando sempre por coisas maiores.

Neste papo com o NE45, Pedro Soriano avaliou seu retorno ao clube e o que ele enxerga de evolução não só no Sampaio Corrêa, mas também nele mesmo, enquanto executivo. O dirigente também falou sobre o atual momento da equipe e o quanto isso tem impactado no trabalho desenvolvido até agora.

Outro ponto comentado por Pedro Soriano foi sobre o que o torcedor do Sampaio Corrêa pode esperar do time nessa estreia na temporada. Ele detalhou o processo ao longo do último mês, com contratações, permanências e a busca conjunta por um 2024 de sucesso ao Tubarão. Confira!

Entrevista com Pedro Soriano, executivo de futebol do Sampaio Corrêa

NE45 – Pedro, o que te motivou a aceitar esse retorno ao Sampaio Corrêa, diante do atual momento do clube, que vem de um rebaixamento para a Série C?

Fui muito feliz aqui em 2021 e o Sampaio Corrêa me abriu muitas portas. Quando a gente está trabalhando no Sudeste, Sul, há muito tempo, a gente acaba nem enxergando. Mas naquele ano disputamos Copa do Brasil, Copa do Nordeste, caímos nas quartas de final para o Ceará, que foi finalista, numa competição de muito peso.

Fomos campeões maranhenses, fizemos uma Série B muito tranquila, onde ficamos sete rodadas no G-4. Então depois surgiram outras situações e voltei para o futebol de São Paulo. Claro que eu gostaria de ter vindo sem o rebaixamento. Se estivéssemos numa Série B, seria melhor. Mas também vejo com bons olhos, é um momento de reconstrução.

O que me motiva de estar aqui de novo é conhecer a casa, o presidente Sérgio Frota, que é um baita gestor, e o desafio de oportunidade de novo, de reconstruir o clube junto com o presidente, a comissão nova que está aqui.

Pedro Soriano, executivo de futebol do Sampaio Corrêa
Foto: Ronald Felipe/Sampaio Corrêa

NE45 – Completaram-se dois anos da sua primeira passagem pelo Sampaio Corrêa até esse seu retorno. Então gostaria que você avaliasse o que enxerga de evolução própria até esta volta, assim como a evolução do Sampaio Corrêa enquanto clube.

Para mim, foi muito importante minha passagem aqui em 2021. Foi de muito crescimento e aprendizado, e a minha saída também. Esses últimos três anos foram de muito aprendizado, de conquistas, mas também de ‘batidas na trave’. Mas os processos do dia a dia, evolução como ser humano e gestor, foi muito importante para mim.

Eu volto para o Sampaio Corrêa, em 2024, com uma bagagem muito maior, com uma experiência muito avançada do que era o Pedro Soriano de 2021. Claro que, se eu pudesse, teria ficado por aqui até agora. Mas ter saído e agora voltar nesse momento de remontagem, é importante.

Hoje eu volto para o Sampaio Corrêa e vejo muitas evoluções em questão de estrutura. Para Série C, é um dos clubes mais bem estruturados. Por outros clubes que converso, passei, onde tenho amigos, onde fiz estágio, é diferente. Está na frente de muitos clubes da Série C. Estrutura pode te fazer subir? Ela ajuda, tem um peso muito grande (mas não garante).

A estruturação tem ficado muito bacana, em 2021 já era boa. E até para uma Série B, o Sampaio estaria bastante tranquilo. Temos bastante coisa para evoluir, mas de 2021 para 2024 já estamos bem avançados.

NE45- Como foi esse processo de montagem de elenco e preparação durante a pré-temporada, com um tempo curto, onde tudo foi tão intenso?

Posso dizer que foram os 30 dias mais desafiadores da minha carreira. O primeiro quadrimestre do ano é muito competitivo. O time foi rebaixado no dia 25 de novembro, nos últimos 20 minutos de competição quando a Chapecoense virou o jogo sobre o Vitória. Dia 01 de dezembro eu e Thiago Gomes já estávamos contratados, e daí começa a montagem de elenco e sua dificuldade.

Nos apresentamos aqui dia 16 de dezembro, tínhamos nove remanescentes e alguns contratados. Nesse 2 de janeiro, tivemos quatro atletas chegando, a cinco dias da nossa estreia e o jogo mais importante do ano. Não trouxemos antes porque não deu. Competimos com campeonatos muito atrativos financeiramente. Temos dificuldade financeira, mas o presidente não faz loucura. Isso é importante para chegar ao fim do ano com todo mundo em dia.

Técnico Thiago Gomes e executivo de futebol Pedro Soriano, do Sampaio Corrêa
Foto: Ronald Felipe/Sampaio Corrêa

O Thiago saiu do São José-RS com o time pronto. Chegamos aqui com nove remanescentes e hoje temos 27 atletas. Mas o Sampaio não pegou “o que sobrou”. Tiramos atletas de clubes que estavam em treinamento, conseguimos alguns jovens emprestados, com vários reforços nossos que jogaram a última Série B. Nomes que queríamos nós conseguimos trazer em várias posições.

Foi bacana esse tempo para a gente. Não foi ideal, que seria uma pré-temporada de 20 a 30 dias pelo menos, e temos jogadores que não vão pegar esse tempo. Mas temos que ganhar, o resultado tem que aparecer dia 7 e não tem muito o que fazer. Vai ter que ser na raça para conseguirmos colocar o Sampaio Corrêa na Copa do Nordeste.

NE45 – O que você pode falar sobre características desse elenco do Sampaio Corrêa, que foi priorizado na busca por novos atletas?

É difícil dizer, mas foi mais por questão técnica e tática mesmo, misturado com a intensidade. O time tem que ser intenso a todo momento e saber ter um entendimento tático, tanto nosso como do adversário, e tecnicamente estarem um passo a frente sempre, para conseguirmos ter êxito em todos os momentos dos jogos.

NE45 – O Sampaio Corrêa conseguiu manter peças experientes e que são ídolos do clube, como Pimentinha, Ferreira e Eloir, e trouxe outros nomes experientes, como Felipe e Cortez. Qual a importância de ter jogadores como eles no elenco para 2024?

Vejo como fundamental uma mescla no elenco, porque são campeonatos que requerem rotatividade. Nosso Estadual tem 14 datas, se avançarmos à fase de grupos da Copa do Nordeste e somar com a fase pré, teremos mais nove datas. Então vejo, hoje, os mais experientes como pilares em cada ponto do campo, que dão estrutura e sustentam o restante, que são jovens, sejam com bagagem ou sem tanta bagagem.

Por exemplo, subimos o Dimas da base, que jogaria a Copinha, mas ficou por aqui. Ele se destacou de fato para estar no elenco e acabou nem viajando. O Cortez jogando ao lado do Dimas, o quanto que isso vai agregar a carreira desse menino e também para a gente. Isso vai dar uma estrutura para fazermos um campeonato competitivo.

Vai ser muito maçante em alguns momentos e precisaremos de rotatividade. Vamos ter os experientes ajudando os novos para fazermos um grupo coeso, com uma união muito bacana. Precisamos de todos eles para dar liga a partir desse dia 7 de janeiro, terminando em outubro com todo mundo bem alinhado e ajustado.

Pedro Soriano, executivo de futebol do Sampaio Corrêa
Foto: Ronald Felipe/Sampaio Corrêa

NE45 – Neste momento, o Sampaio Corrêa ainda não fechou seu ciclo de contratações para este início de temporada. O clube visa ainda trazer mais quantos atletas e quais posições seriam?

Posso falar em números (não em posições), mas que talvez cheguem mais duas peças, que estamos buscando ainda. Temos 16 contratados, tendo aí alguns que a gente ainda não anunciou, mas estão acertados, mais esses meninos (da base), chegamos a um número que vimos como ideal.

Mas também podemos esperar uma oportunidade de mercado, num outro momento que apareça para nós. Não estamos mais naquela correria para trazer atletas que precisamos, mas se formos trazer mais, serão mais dois nomes.

NE45 – Você chega ao clube e mostra um pensamento de um trabalho longevo. O que você projeta e espera, dentro do pensamento junto ao presidente do Sampaio Corrêa, para que o clube se estabilize numa Série B e busque ainda mais conquistas?

O que vejo aqui, e isso para mim é muito importante, é ter um presidente igual ao Sérgio Frota. Temos trabalhado esses mais de 30 dias aqui sem parar. Somos uns dos primeiros a chegar, os últimos a sair junto com o Thiago Gomes e comissão. Ter alguém que busca tudo do melhor pelo clube é muito importante. Tudo que pedimos nesse início de trabalho foi atendido.

A curto prazo, temos essas metas traçadas para início de ano, e volto sem pensar em sair daqui. Não tive continuidade em alguns projetos, mas acredito nela, é muito importante. Volto para cá com o objetivo de ter começado aqui o meu contrato e não saber quando acabar. Quero seguir aqui em 2024, 2025, 2026, que seja.

Tenho objetivos coletivos e pessoais que, sendo atingidos, são bons para o Sampaio e para mim. E quero estar aqui após subirmos, disputar uma Série B, passar por mais Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Estadual. Temos aqui muita coisa boa, e conseguindo esses objetivos, podemos agregar mais, adiantar mais processos.

Técnico Thiago Gomes e executivo de futebol Pedro Soriano, do Sampaio Corrêa
Foto: Ronald Felipe/Sampaio Corrêa
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