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Santa chega a 17 reforços em 60 dias, mas quase nenhum resolveu até aqui

Santa Cruz, PE, Últimas

Por Camila Sousa

Por Camila Sousa

Postado dia 25 de abril de 2021

O dia 18 de fevereiro marcou a posse da nova gestão do Santa Cruz, encabeçada pelo presidente Joaquim Bezerra e o vice André Frutuoso. Mas, entre avanços fundamentais na governança do clube, como a aprovação da Reforma do Estatuto, uma das pautas prioritárias encampadas pela nova diretoria, dentro de campo o cenário vivido é o oposto. E muito além do baixíssimo aproveitamento de 29%.

Isso porque, até aqui, traçando uma fotografia do elenco montado, o departamento de futebol do Santa Cruz, desgastado e criticado pela torcida, em função das seguidas más atuações, trouxe 17 jogadores para reforçar o plantel, mas, na ponta do lápis, quase nenhum resolveu – a frisar, naturalmente, que os recém-contratados Hebert Santos, Augusto César, Éverton Dias e Carlos Adriano ainda não estrearam.

Nesse meio tempo, o clube ainda contou com as saídas inesperadas de Didira e Paulinho, remanescentes do grupo de 2020, desligados do elenco. Em sequência, veio o goleiro Martín Rodríguez e os zagueiros Célio Santos, que também pediu para sair, e Danny Morais – este último, aposentado. Na comissão técnica, João Brigatti foi demitido para a chegada de Alexandre Gallo. Na diretoria, o executivo de futebol Nei Pandolfo deixou o cargo para assumir o rival Sport.

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O que atormenta a torcida, no entanto, é uma coisa só: os atletas que hoje vestem a camisa do Santa Cruz pouco entregaram. Prova viva disso é o caso do lateral esquerdo Alan Cardoso, o único reforço trazido pelo clube que marcou um gol. Coisa que nenhum dos sete atletas – com ressalvas a Quiñonez, que disputou uma única partida após voltar de cirurgia -, do meio ao ataque, conseguiu fazer. Em assistências, idem. Apenas Chiquinho, com seis, Pipico, com duas, e Ítalo Melo, Marcel, Eduardo, Paulinho e João Cardoso, cada um com uma, criaram chances para gol. Nenhum outro foi capaz.

Ainda, da lista de contratados, Péricles é outro exemplo. Depois de Marcos Vinícius, também companheiro de posição no meio campo que vem deixando a desejar, o garoto, formado da base da Chapecoense, é o jogador de menor minutos jogados entre os reforços. Com atuações irregulares nas poucas partidas que disputou, acabou sacado do time por opção do novo técnico Alexandre Gallo, e pode pintar na lista de dispensas.

Situação semelhante ao do meio de campo, sobretudo os volantes. Cinco foram contratados, alguns sob expectativa, como é o caso de Derley, dono do maior salário do elenco. O mais curioso, porém, é que ele acabou improvisado em duas partidas na lateral direita – que segue sendo um calo – mesmo tendo um único jogador de ofício trazido para a posição: o jovem Fernando Pileggi.

Em suma, até o próprio técnico Alexandre Gallo reconheceu que o elenco do Santa Cruz, mesmo com as contratações já feitas, é deficitário. Na coletiva de imprensa do último domingo, após a derrota para o Sete de Setembro, no Arruda, o treinador adotou um tom mais crítico, admitindo que não haverá melhora em curto prazo no time, caso novos atletas não cheguem. Vão resolver? Só o tempo dirá. Mas a mudança de postura precisa acontecer – e imediatamente.

Contratações do Santa Cruz em 2021

Defesa (goleiro, laterais e zagueiros)

Hebert (zagueiro) – Não estreou
Geaze (goleiro) – Não estreou
Felipe Silva (goleiro) – Não estreou
Fernando Pileggi (lateral direito) – 45 minutos (1J, um como titular), nenhum gol marcado
Alan Cardoso (lateral esquerdo) – 774 minutos (10J; nove como titular e um saindo do banco), um gol marcado

Meio (volante e meio de campo)

Augusto César* (volante) – Não estreou
Everton Dias* (volante) – Não estreou
Elicarlos (volante) – 457 minutos (7J; seis como titular e um saindo do banco), nenhum gol marcado
Karl (volante) – 542 minutos (10J; sete como titular e três saindo do banco), nenhum gol marcado
Derley (volante) – 400 minutos (5J; cinco como titular), nenhum gol marcado
Péricles (meia) – 114 minutos (4J; um como titular e três saindo do banco), nenhum gol marcado
Marcos Vinícius (meia) – 97 minutos (4J; um como titular e três saindo do banco), nenhum gol marcado

Ataque

Quiñonez – 45 minutos (1J; um saindo do banco), nenhum gol marcado
Madson – 765 minutos (10J; dez como titular), nenhum gol marcado
Maxwell – 135 minutos (3J; um como titular e dois saindo do banco), nenhum gol marcado
Carlos Adriano* (atacante) – Não estreou

Saídas

Martín Rodríguez – Pediu desligamento


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