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CECearáJoão de Andrade Neto
O Ceará inicia 2021 como o clube a ser batido no Nordeste
Quando venceu o Palmeiras por 2 a 1 no Castelão, no dia 24 de janeiro, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Ceará zerava qualquer risco de queda para a Série B e passava a sonhar com algo maior, como uma vaga histórica na Libertadores. Algo que não se concretizou, mas que não arranha em nada o excelente ano do Vozão (bicampeão invicto na Copa do Nordeste). A maior consequência da permanência antecipada na elite foi poder pavimentar uma próxima temporada também de sucesso. E o Ceará inicia 2021 como o clube a ser batido no Nordeste.
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Ao espantar o risco de rebaixamento logo na 32ª rodada, e com isso assegurar integralmente as suas receitas, o Alvinegro pôde antecipar o seu planejamento. Algo que seus principais rivais na região não terão direito, com o Fortaleza e Bahia ainda correndo risco de queda e o Sport, praticamente livre do descenso, tendo uma eleição no início de março. Obviamente, todos os times em divisões inferiores estão alguns degraus abaixo.
E poder antecipar o planejamento tendo suas receitas mantidas, em meio ao desgaste inevitável causado pelas temporadas emendadas de 2020 e 2021, é um benefício importantíssimo para qualquer clube. E pode ser um enorme diferencial. O Ceará, que estreia na Copa do Nordeste apenas quatro dias após o fim da sua participação na Série A, se mostra ciente disso.
Ao longo da semana, após a derrota para o Fluminense, no Castelão, que encerrou de vez qualquer sonho de Libertadores (e que, repito, não mancha em nada o ano do clube), a diretoria alvinegra corretamente virou definitivamente a página das temporadas.
Foram anunciadas a saída de alguns jogadores do clube, a oficialização de seis contratações (destaque para o goleiro João Ricardo, ex-Chapecoense e o atacante Jael, ex-Grêmio), a folga de alguns atletas já visando a reapresentação para a próxima temporada (Fernando Sobral, Fabinho e Luiz Otavio), e a confirmação de duas renovações fundamentais.
A manutenção do técnico Guto Ferreira e do meia Vina é mais uma uma prova de força e do momento de segurança do Ceará, uma vez que ambos estão super valorizados no mercado. Vina encerra a Série A como um dos melhores jogadores da competição, líder de assistências (nove) e maior artilheiro do clube em uma edição do Brasileiro (13 gols).
Em 2021, definitivamente, o Vozão larga na frente dos rivais. E com uma saúde financeira estável, boa estrutura e planejamento do futebol mantido e traçado com antecedência tem tudo para colher bons frutos. O crescimento de um clube precisa ser feito de forma sustentável, tijolo a tijolo.
E o Ceará, que vai para seu quarto ano seguido na elite do futebol nacional, mostra conhecer essa cartilha. E parece estar pronto para novos passos. Quem sabe, já em 2021, ainda maiores.
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