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Clubes do Nordeste vivem má fase e região pode ter sua pior Série C sob atual formato

Rafael Melo/SCFC; Luis Júnior Cinegra/AA Altos

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Como é tradição, o grupo A da Série C é predominantemente nordestino. Com seis das dez equipes que disputam a chave, a região tem ampla participação, mas vem tendo resultados fracos, sendo representada pelos cinco últimos colocados do grupo e por três times que não vencem há, pelo menos, cinco jogos. Hoje, a região tem uma certeza iminente de que terá dois rebaixamentos no campeonato e que terá dificuldade para conseguir classificar dois times à segunda fase.

O desenho negativo para o Nordeste começa, claro, com o Santa Cruz. Lanterna da chave com apenas sete pontos, pior ataque de todo o campeonato (6 gols), o Tricolor só tem uma vitória no torneio, conquistada após 12 tropeços consecutivos. Sob o comando do quatro treinador diferente na temporada e com mais de 40 contratações, o clube vive um ano difícil e ainda alimenta esperanças de não terminar o ano retornando à Série D.

O fantasma do rebaixamento também circunda o Jacuipense. Vice-lanterna, o time tem 10 pontos e também só ganhou um jogo até agora, nove rodadas atrás. Equipe com mais empates e segunda pior defesa (16 gols) entre os dois grupos, os baianos vêm de duas derrotas duras seguidas e se tornará o lanterna caso perca o jogo desta segunda-feira, contra o Santa Cruz. O time também vive uma rodagem em seu elenco e tem apenas três vitórias na temporada.

Para Floresta e Altos, a realidade é de queda de rendimento. Após bons inícios, os cearenses não vencem há seis jogos, com o último triunfo sendo justamente sobre os piauienses, que não vencem há cinco. Hoje, o Altos, que está no terceiro treinador na temporada, ocupa a sétima posição, com 14 pontos, dois a mais que o Floresta, que segue sob a tutela de Leston Júnior.

Atualmente, segundo a análise do site especializado Chance de Gol, esses quatro clubes retém basicamente toda a chance de rebaixamento no grupo A, ainda que nenhum clube esteja matematicamente rebaixado ou salvo. O site indica 88% para o Santa Cruz, 66,8% para o Jacuipense, 34,2% para o Floresta e 10,5% para o Altos.

Depois, o Ferroviário-CE e o Volta Redonda aparecem empatados com 0,09%, com essa sendo a maior chance de um não nordestino terminar a Série C no Z2 do grupo.

Classificação

Na briga pelo acesso, o Nordeste também não aparece bem cotado. Se nos últimos anos nos acostumamos com ver maioria nordestina, com quatro (2019, 2017, 2016) ou três (2018, 2015, 2014 e 2013) clubes avançando, o melhor cenário que se desenha para este ano é uma classificação dupla, algo que só aconteceu em 2012, ano de instauração do atual modelo de disputa.

Naquele ano, os cearenses Fortaleza e Icasa estiveram com o Luverdense-MT e o Paysandu-PA no G4. E isso pode se repetir agora, caso o líder Botafogo-PB se mantenha na parte de cima e veja o Ferroviário-CE ganhar as duas posições que lhe faltam para entrar no grupo da classificação.

Caso isso não aconteça, o Nordeste pode igualar sua pior Série C neste formato, que é justamente a do ano passado. Naquela oportunidade, o cenário final foi igual ao que existe hoje, com o Santa Cruz liderando (da mesma forma que faz o Botafogo) e os cinco últimos colocados da chave: Jacuipense, Ferroviário, Botafogo, Treze e um combalido Imperatriz, que não foi além de um ponto em todo o campeonato. O G4 foi completo por Vila Nova, Remo e Paysandu.

Um cenário ainda mais tenebroso é de nenhuma classificação nordestina ao fim da primeira fase. A matemática já indica uma probabilidade menor disso acontecer, mas a distância de apenas dois pontos entre o primeiro e o sexto colocado mostra que muitas mudanças ainda podem acontecer entre os times que brigam na parte de cima.

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