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Bruno Becker apresenta projeto de gestão da chapa “Náutico Sustentável”

Foto: Divulgação

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O candidato à presidência do Náutico Bruno Becker apresentou, nesta segunda-feira (8), o plano de gestão da chapa “Náutico Sustentável”. Acompanhado de Ivan Pinto da Rocha, candidato à vice-presidência, em entrevista coletiva realizada em um restaurante do Recife, o postulante ao cargo máximo do clube se colocou como uma alternativa à atual gestão, mas sem se considerar uma oposição.

Bruno Becker foi vice-presidente Jurídico do Timbu até outubro deste ano e saiu por divergências com a diretoria. Já Ivan Pinto da Rocha foi vice-presidente do Conselho Deliberativo e assumiu de forma interina o executivo do clube em 2017.

“Não somos uma chapa de oposição, somos uma alternativa. Queremos melhorias do clube, dar seguimento ao que deu certo, mas com uma filosofia nova, com transparência e experiência. Não entramos no clube agora. A proposta do Náutico Sustentável é plantar essa semente com inovação prática e conceitual. Vamos fazer uma campanha com propostas e ouvindo todos que fazem parte do Náutico. Durante esses 30 dias queremos fomentar o debate, escutar críticas e sugestões para trazer ao processo da discussão da eleição”, ressaltou o candidato Bruno Becker.

De acordo com Ivan Pinto da Rocha, o objetivo da chapa é corrigir os erros que foram feitos nos últimos anos. Mas também dar continuidade aos acertos com aprimoramento dos trabalhos.

“Vamos com união e respeito. Sem olhar muito para o retrovisor. Precisamos identificar os problemas e apresentar as soluções. Faremos uma campanha propositiva, com a ideia de dar continuidade ao que foi feito de maneira correta, mas com o projeto de modificar muita coisa que precisa”, completou.

Confira abaixo as principais propostas da chapa Náutico Sustentável:

FUTEBOL

– Teremos contratações baseadas em análises técnicas e financeiras. A parte que pesa mais, claro, é a técnica. O caso Colmán é um exemplo disso. Ele é um atleta que está no clube e sequer está inscrito. Qual foi o critério de contratação? Ele não foi relacionado para nenhum jogo. Qual foi o critério de renovação de Lombardi? Foi gratidão? Não pode confundir gratidão com ter a obrigação de renovar com o atleta. Subiu com o clube, mas qual será que o perfil técnico, a despesa financeira, o que pode retribuir valia a pena ter renovado? Essa discussão tem de ser ampla. Não pode ser com apenas uma pessoa para se chegar num consenso.

DIRETORIA DE FUTEBOL

– Não discutimos nomes. Estamos preocupados em dialogar projetos de um departamento profissional com diretor técnico, CEO e gerente de futebol. Pessoas profissionais da área e que entendam. Obviamente, teremos uma espécie de conselho, como toda empresa, com diretores que não são remunerados. Eles não vão decidir, mas vão acompanhar, fiscalizar e analisar os resultados. Sobre o executivo, não temos um nome contratado. Estamos preocupados em debater projetos. Por ora, não vamos discutir nomes. Entendemos que não adianta ter o melhor executivo de futebol do Brasil e colocá-lo num ambiente sem estrutura. O problema do clube hoje não é falta de nome. Temos de dar estrutura para o profissional desenvolver suas atividades. E Ari Barros não está descartado.

DIVISÃO DE BASE

– Temos de investir em equipamentos. Estive na Base há dois meses e fiquei assustado com o que vi. O Náutico teve cinco ou seis lesões sérias porque faltam equipamentos para formar os atletas. Além disso, vamos criar um programa para formar cidadãos. Para que os jogadores cresçam com equilíbrio para se desenvolver como jogador e também como cidadão. Dar essa educação ao atleta. Até porque são ativos do clube. Precisamos de uma reestruturação administrativa, ter um staff para a base e uma pessoa do Departamento de Registro lá. Base não é custo, é investimento. O maior recurso que entrou no Náutico, além das cotas, foi a venda de Thiago. 

AFLITOS/SEDE

– É necessária uma adequação dos Aflitos às normas vigentes. Isso é público. O clube tem dificuldades em tirar as licenças. Toda vez que chega perto de renovar as licenças é um ‘Deus nos acuda’. Tem de fazer um projeto geral para apresentar as adequações. Isso não é um valor alto, mas é preciso fazer o básico. Depois será possível realizar a segunda etapa da volta aos Aflitos. O clube tem que passar por constante requalificação.

OPERAÇÃO DE JOGO

– Futebol é um negócio sério, não é um campeonato de jogos internos. Precisamos da contratação de uma empresa especializada em eventos esportivos. É o básico. Tenho que ter gente profissional trabalhando. É inadmissível o bar do clube não ter uma empresa que administre. Eu, sócio do clube, não posso comprar uma cerveja com a minha carteirinha. Qualquer evento esportivo sério, que quer gerar recursos, funciona dessa forma. É inadmissível que o bar tenha sido entregue a um funcionário que não é da área e nem tem contrato. Temos de criar uma experiência esportiva. Ir aos Aflitos vai além de ir a um jogo. É a experiência de comprar sua cerveja no cartão de sócio ou o torcedor poder comprar a camisa num quiosque na arquibancada. O torcedor não pode sair de um jogo às 21h e a loja já está fechada. O caminhar dele da entrada da sede até o estádio tem de passar por locais que sinta experiência, compre produtos do clube. Isso a gente não tem e não tem perspectiva de ter.

ADMINISTRATIVO

– Nenhuma instituição consegue funcionar sem organograma e caderno de atribuições definidos, com ligação dos departamentos. Hoje não se tem isso no clube. Fica até difícil qualquer setor do clube promover uma mudança nos processos se não tem esse diálogo. A quem vou me reportar para resolver tal situação? Esse é o principal ponto do choque de gestão. É preciso ter um controle interno. O clube tem apenas um contador, que é um cara esforçado, mas é humanamente impossível tocar a contabilidade de um clube do tamanho do Náutico. Tem que ser uma empresa que entenda de tributo e contabilidade desportiva. 

REMO E ESPORTES OLÍMPICOS

– O clube precisa captar recursos oriundos da Lei de Incentivo ao Esporte. Recebemos no clube, há dois meses, Roberto Ramalho, que é especialista em captar recursos junto ao Governo Federal. Ele tentou apresentar um projeto, ficou no clube das 10h às 18h e ninguém o atendeu. Eu saí da minha sala e pedi desculpas. São esses detalhes que mostram que é preciso fazer diferente, na concepção e na ideia. É o aperfeiçoamento do modelo atual de parceria. O modelo que está lá é interessante, de terceirizar administrativo do Parque Aquático. Mas precisa aperfeiçoar, ter o controle e transparência. O Náutico não é só um clube de futebol, tem todo um entorno e isso precisa ser cuidado.

AUSTERIDADE

– Nos dois primeiros anos da gestão, não tenho dúvidas de que teve austeridade. Mas nos dois últimos anos não teve. O clube está gerando, mês a mês, um caixa negativo. Essa austeridade que tanto se propaga é fruto de desmando administrativo, falta de planejamento e regras. Austeridade é uma base, mas não pode ficar só no discurso porque ela por si só não gera receita e não pode gerar passivo. A austeridade sem disciplina, fiscalização e transparência passa a gerar passivo.

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