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Eleições alvirrubras: Diógenes Braga reconhece altos e baixos, mas acredita em Náutico seguindo caminho de crescimento

Diógenes (dir.) e seu candidato à vice-presidente, Luiz Felipe Figueiredo (esq.) - Crédito: Divulgação

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No próximo domingo (5), o Náutico terá sua primeira eleição com bate-chapas desde 2015. Após quatro anos de mandato do presidente Edno Melo, três candidatos buscam o apoio da maioria dos 3.765 associados aptos a exercer o direito de voto para serem eleitos. O NE45 conversou com os três candidatos e na matéria abaixo traz a sabatina realizada com Diógenes Braga, candidato da situação, que pleiteia o cargo pela chapa Avança Náutico.

Diógenes é veterinário e nasceu em São Bento do Una, no Agreste Pernambucano. Conselheiro desde 2014, foi diretor de futebol em 2015 após a renúncia do ex-presidente Ivan Brondi. Atualmente é o vice-presidente executivo do Náutico e considerado o homem-forte do futebol do clube desde 2018.

Confira a entrevista completa com Diógenes Braga:

Apresentação
Eu sou Náutico desde minha concepção. Meu pai é alvirrubro. Eu sou de São Bento do Una, no interior de Pernambuco, e cresci longe do Náutico. Eu não vivi com o Náutico, mas durante a minha infância, ouvi meu pai contar as histórias do hexacampeonato do Náutico todos os dias. Vim para Recife com dezessete anos, em 1993, e me aproximei do clube. Quando eu vim do interior, uma das minhas alegrias era exatamente vir para perto do Náutico. Era quase a realização de um sonho poder ver o Náutico jogando e estar perto do clube. Em 2014, recebi um convite para entrar no Conselho Deliberativo. Entrei, passei algum tempo no Conselho e recebi o convite para entrar na diretoria de futebol, em 2015. Na eleição, no final daquele ano, eu me elegi como conselheiro e fiquei no Conselho entre 2016 e 2017 e, naquela reta final, quando houve aquela renúncia do presidente Ivan Brondi, naquele mandato tampão, eu participei daquela reta final. Em 2018, fui eleito como vice-presidente executivo junto com o presidente Edno Melo. Durante esse período, ainda ali no ano de 2016, a gente brigou muito pela volta aos Aflitos. Eu tenho um orgulho muito grande de, no fórum para consultar os sócios, ter sido quem convocou a Assembleia Geral, que determinou a volta aos Aflitos. Participei da comissão paritária juntamente com o presidente Edno e depois saí pra fazer essa gestão com ele e tô até então com ele e pleiteando dar continuidade a esse projeto.

Pronto para ser presidente?
Eu me sinto pronto por todo esse tempo que estou vivendo o clube. Por ser vice-presidente há quatro anos, conhecer bem o clube, saber as virtudes, suas fortalezas, mas também saber suas fraquezas. Por ter vivido intensamente, não só os processos do futebol, mas também os processos administrativos como vice-presidente. Conheço bem o clube e estou em um momento muito bom, de maturidade, para assumir essa responsabilidade e dar continuidade a esse projeto. Inicialmente, ele se chamava Resgate Alvirrubro e agora se chama Avança Náutico. A gente vê que o resgate foi concluído e agora é hora de avançar.

Avaliação da gestão
Na parte patrimonial, conseguimos avanços importantes para blindarmos os patrimônios, como foi o caso da Sede Social dos Aflitos e da garagem do remo, que se tornaram imóveis especiais de preservação e, por isso, estão muito mais protegidos. Fizemos ampliação e requalificação da quadra do clube, que hoje tem dimensões olímpicas. No CT, fizemos uma requalificação dos gramados e foi realizado todo um trabalho para que o hotel tivesse uma condição boa de concentração para os atletas. Apesar de toda a dificuldade financeira, a gente evoluiu em relação às questões jurídicas, com uma diminuição absurda na quantidade de novas causas trabalhistas e isso passou muito pela gestão de responsabilidade financeira. Em relação à questão do futebol é inegável o que a gente conseguiu, resgatando a autoestima, pois estávamos na Série C, havíamos sido rebaixados como lanterna e o clube vivia o maior jejum da história. O Náutico tem hoje, ao longo dos quatro anos, quatro finais, vencendo três. Somos o atual campeão pernambucano, saímos da Série C e conquistamos o primeiro título nacional da história do clube. Nas categorias de base, revelamos uma quantidade enorme de atletas, vendemos vários, mas eles incrementaram e deram retorno técnico dentro de campo e financeiro fora de campo. Recuperamos a garagem de remo, fazendo com que a origem do clube revivesse. Resgatamos os esportes olímpicos, que estavam sendo postos de lado. Tudo isso foi feito e, na nossa visão, isso deixa o clube lastreado para que nos próximos anos a gente faça com que ele cresça e avance para que se torne realmente um gigante.

Austeridade, passivos e Justiça do Trabalho
Essa questão que se fala de manter a austeridade, eu queria trocar essa palavra por responsabilidade, pois é mais ampla. O que se tem que fazer é gastar de acordo com o que você arrecada, você pode ter ousadia, mas sem perder a responsabilidade. Precisamos respeitar o que o clube consegue captar. A nossa visão é continuar com responsabilidade. Precisamos repactuar alguns acordos, repactuar nossas dívidas que estão em curso e que a pandemia fez com não conseguíssemos continuar amortizando.

Sociedade anônima do futebol
Vamos brigar muito para evoluir com o clube no processo de transformá-lo em uma SAF. Nossa visão é que Sociedade Anônima do Futebol é um caminho que a grande maioria dos clubes vai aderir e que é muito interessante também para o Náutico. Inclusive, ele vai ao encontro e encaixa com a condição do estatuto, que vive um um momento de alguns incrementos e para profissionalização do clube, ele é extremamente importante. Transformando o clube numa SAF, a gente faria com que o clube tivesse um caminho de equalização desses débitos, que eles passassem por uma condição de cronogramas de amortização ao passar do tempo. Então essa é a visão mais consistente. E, evidentemente em paralelo a isso, até que isso seja implementado, continuamos com a política de responsabilidade de não produzir novas causas trabalhistas e trabalhar dentro das condições de arrecadação do clube, sempre gerenciando nossos débitos.

Profissionalização do clube e modernização do estatuto
Existem algumas evoluções sobre o estatuto, que eu entendo que são extremamente interessantes. A questão da profissionalização é uma delas e alguns outros aspectos estão sendo debatidos e vão ser colocados. Acho que a evolução é bem-vinda em qualquer momento que seja e entendo que o estatuto já passou por um processo de modernização ao final de 2015, mas ele pode evoluir e acho que é importante. A forma como a gente enxerga todo esse processo é o seguinte: o clube é um grande elemento social. Ele tem uma condição de um impacto muito grande dentro da sociedade. O estatuto direciona muito ele para esse sentido. Quanto a questão de outros clubes, cada clube tem o seu modelo. Então não adianta a gente pegar o modelo de um clube e simplesmente tentar encaixar dentro do Náutico. O Náutico tem a sua estrutura própria, a sua cultura, a sua composição social própria, então o que precisamos é ter nosso próprio projeto. E nós temos. Faz quatro anos que a gente assumiu o clube e ele, inegavelmente, cresceu muito nesse período. O que a gente quer é continuar com esse projeto e consolidar cada vez mais. Não adianta a gente pegar o modelo que funcionou em um clube trazer pra cá e dizer que é a solução. Cada clube está inserido em uma cidade de um contexto social diferente. Então o Náutico já tem o seu projeto que faz quatro anos e que tem trazido a limpeza ao clube. E a gente vai dar continuidade a ele.

Ações de marketing e programa de sócios
Na verdade, a gente precisa dar continuidade e incrementar o programa Nação Timbu. Quando a gente assumiu o clube, nós tínhamos algo em torno de 1.800 sócios. Hoje, nós temos dez mil ao final de uma pandemia. Todo mundo esperava que a gente voltasse aos números iniciais de quando a gente pegou, mas a gente conseguiu manter – acho que o mínimo que nós tivemos foi ali na casa de 8.500. Isso mostra por si só os resultados do programa. Agora, com a volta do público, a gente volta a ter a maior contrapartida, que é a presença no estádio. Mas não vamos ficar por aí. Ao longo de todo o processo da pandemia tivemos oscilações dentro de todos os departamentos do clube. Tivemos oscilações no marketing também, mas a gente tem um programa muito forte, em que a gente pretende trabalhar muito, a questão do clube com elemento social. Esse é um aspecto importante. Acho que a aproximação do torcedor com o uniforme do clube, tanto com as ações do desenho do uniforme do nosso padrão pelo torcedor e o concurso da camisa comemorativa de 120 anos aproximaram muito o torcedor para esse sentimento de pertencimento. O programa Nação Timbu que se baseia muito no pertencimento, se baseia muito no fato do sócio se sentir realmente o dono do clube. Acho que a homenagem da camisa branca aos médicos e a todos os profissionais da área de saúde durante a pandemia, foi muito bonita. Então, existem ações que fazem com que o Náutico seja um clube simpático e que faça com que o torcedor tenha prazer de ser sócio. Pretendemos criar a comissão de sócios para gerar um debate direto com o associado. Queremos que o sócio se sinta cada vez mais importante e que entenda que ele pode mudar o rumo do clube. Isso vai deixar o Náutico cada vez mais forte.

Requalificação dos Aflitos
Houve uma retomada muito grande com inúmeros projetos que a gente fez, especialmente, voltados para o fim de semana com a família frequentando os Aflitos e, com o processo de pandemia, tudo isso ficou parado. Vemos a retomada das pessoas frequentarem os Aflitos como algo muito natural. A gente precisa preparar a sede para receber os associados, evidentemente, dando conforto e oferecendo o que a gente conseguir de entretenimento para que seja convidativa para o associado frequentar com a sua própria família. Em relação aos Aflitos, o principal aspecto dessa retomada é a requalificação do estádio. Queremos mudar a nossa casa de patamar. Essa, inclusive, vai ser uma tarefa que vai ficar diretamente ligada a Luiz Felipe Figueiredo, que é o meu candidato a vice. Pretendemos fazer inúmeras benfeitorias e uma delas – a que a gente realmente mais vai tentar fazer o mais rápido possível – é a da Alameda da Manoel de Carvalho, onde pretendemos transformar o espaço num lugar de convivência com o próprio bairro, fazendo com que haja um crescimento do clube, mas não só no sentido de dar vida ao estádio. Vai ser um espaço para gerar não só receita, mas também com importância social.

Projetos para o CT
Em relação ao CT, enxergamos que é um equipamento muito grande. Temos um terreno de quase 50 hectares e usamos muito pouco. Aquela localização é espetacular em relação à questão logística e, por isso, estudamos fazer parcerias com empresas que ocupem a frente do CT, mas sempre no sentido de arrendamento e não de venda. Isso precisa passar pelo Conselho Deliberativo e por uma Assembleia Geral, mas somos a favor de, com todo tipo de consulta necessária, que a gente consiga gerar receita para melhorar a estrutura. Infelizmente, não dá para tocar um equipamento tão grande apenas com o aluguel de campo ou com escolinhas. É preciso criar parcerias, criar novos efeitos para que a gente consiga continuar melhorando o equipamento.

Elenco e gestão do futebol em 2021
O elenco foi montado da seguinte forma: no ano passado, a gente brigou pra não cair e a gente fez uma ajustes no elenco ao longo da Série B. Assim, aquele time encaixou muito bem naquela reta final. Teve o arranque e conseguiu evitar o rebaixamento. Como o campeonato se estendeu, por causa da pandemia, terminando em janeiro, naturalmente, muitos contratos foram estendidos. Então, tínhamos um time que tinha ido muito bem e isso fez com que a gente tivesse um início muito bom. Reforçamos mais a base, pois ela teve aproveitamento de acesso no último terço da Série B de 2020 e ela foi campeã pernambucana, tendo um início muito bom no Campeonato Brasileiro. Depois, nós tivemos perdas no time, que foram muito duras e de atletas que estavam funcionando em um time muito encaixado e um muito complicado de contratar, pois o mercado estava completamente fechado. Tivemos muita dificuldade, pois a gente não tinha recursos para pagar os clubes de origem para liberar os atletas. E dentre as opções que a gente teve pra repor, tentamos, mas não conseguimos reposições à altura. Conseguimos ainda reforçar na reta final do campeonato, quando o mercado se abriu novamente. Chegaram bons reforços, dentro de um custo que o clube podia absorver, mas não foi suficiente para terminar no G4.

Críticas da torcida
Eu encaro de forma absolutamente natural, até porque a gente é torcedor também. A frustração da torcida é a nossa. Porém, quem está à frente do clube precisa tomar decisões. E, desde que a gente assumiu o clube, não prometemos grandes times. Conseguimos ser campeões três vezes, mas a gente não prometeu ser campeão. A gente conseguiu sair da Série C, mas a gente não prometeu sair da Série C. Prometemos responsabilidade e gestão. Prometemos cuidar do clube. Então, não poderíamos chegar naquele momento e nos colocar numa condição de gastar o que a gente não tem. Futebol é feito de decisões. De erros e acertos. O que deu certo você elogia, o que deu errado, você critica, mas nem sempre a decisão é naturalmente certa ou errada. Este ano, a gente não tinha como investir mais. Se investisse mais para potencializar algo, possivelmente, comprometeria o ano de 2022. Não subir esse ano é frustrante, mas, por outro lado, a gente está muito seguro que 2022 vai ser um ano bom. Temos uma boa base do time e uma campanha de sócio boa, com um clube estruturado e o mercado se abrindo. A gente não tem medo de 2022. Quem gere o clube não pode pensar simplesmente em ter um ano muito bom. Ele tem que pensar que o clube seja melhor a cada ano.

Diretoria e planejamento para 2022
Na verdade, a diretoria de futebol já está montada, Caso seja eleito, a diretoria de futebol será composta por Gilberto Correia, sendo o vice-presidente técnico de futebol, Eduardo Belo, sendo vice-presidente financeiro de futebol, e Roberto Selva Pinto, sendo o vice-presidente jurídico de futebol. São meus pares na diretoria e vejo os três completamente capazes. Aliás, não seria uma diretoria. Seria uma vice-presidência compartilhada, com cada um atuando mais na sua área, mas tomando as decisões de forma coletiva. Essa montagem de time vai ser feita dentro de um planejamento da diretoria com o staff do clube. Será a comissão técnica junto com o executivo. E, todo esse planejamento de futebol, ele tem que ser da diretoria. Sendo o presidente, eu não vou cuidar do futebol. Eu preciso cuidar do clube. O presidente não pode atropelar a diretoria.

Categorias de base
A importância da base é fundamental para você conseguir gerar receitas muito altas, como aconteceu ao longo desses quatro anos. Conseguimos ter uma receita acima de R$ 10 milhões só com a venda de atletas. Temos a maior venda da história de Pernambuco, que foi Thiago para o Flamengo. Todas as nossas vendas foram acima de R$ 1 milhão, fora outros negócios que a gente fez também. Na verdade, na nossa visão, a base é fundamental, pois tudo passa por ela. Eu falo com muita propriedade disso, porque quando era presidente da comissão de futebol no Conselho, fui eu que briguei para que entrasse no regimento interno do clube a obrigatoriedade de que 25% de todo o elenco profissional fosse formado por atletas oriundos da base. Então, como fazer isso? Brigando, dando cada vez mais condições, dando vez aos atletas para estarem no elenco profissional. Quando se tem essa obrigatoriedade, forçosamente, você, pelo menos, vai ver os destaques da base lá treinando. Eles não vão ter as portas fechadas no profissional. Estamos dando espaço aos atletas ao mesmo tempo que damos condições de que os treinadores da base trabalhem. Estamos melhorando a questão de estrutura e a gente vai brigar muito para colocar uma academia no hotel da base, para que esses atletas consigam trabalhar melhor fisicamente. Então, melhorando a condição estrutural, cada vez mais dando importância a eles, isso vai fazer com que os resultados aconteçam.

Esportes olímpicos
As parcerias são sempre bem-vindas para tudo e claro que vão ser procuradas também nos esportes olímpicos. A gente buscou resgatar essas modalidades, quando a gente fez reforma da quadra e a colocou em dimensões olímpicas. Assim, nós fomentamos com que todas as escolinhas funcionem melhor e com a facilidade para buscar recursos e convênios, principalmente, para os atletas. O futebol é o nosso carro-chefe, o futebol é apaixonante, o futebol é o que desperta paixões nas pessoas, mas é muito importante que se entenda que o clube não se relaciona só ao futebol. É preciso tocar tudo. É preciso dar uma importância muito grande às modalidades olímpicas e a gente tem que dar essa importância. Então a ideia da gente é potencializar isso, buscar pessoas que possam nos ajudar, como por exemplo, uma pessoa que foi diretor e foi vice-presidente de esportes olímpicos e tem um conhecimento muito grande e que vai nos ajudar muito nisso, que é Bira da Universo. A gente acredita que temos uma tendência muito grande de crescimento em 2022.

Futebol Feminino
O futebol feminino nunca tinha entrado no CT antes da nossa gestão assumir o clube. Nós abrimos o CT para as meninas. Hoje, elas treinam nos mesmos campos que treinam as categorias de base, por exemplo. Estamos dando todo o apoio que podemos dar e o que a gente pode fazer é melhorar esse suporte na medida do possível. Está muito clara a importância delas. Comemoramos muito esse bicampeonato estadual. É um título de muita valentia, ganhando um jogo de virada na Ilha do Retiro. É um carinho e um reconhecimento muito grande que a gente tem pelo trabalho de todos. Temos que continuar apoiando não só por uma questão estrutural ou de que elas venham conquistando títulos, é pelo orgulho e pela alegria muito grande que elas têm dado. A gente está muito feliz e vai dar todo apoio necessário para que elas continuem trazendo esses títulos pra gente.

Ações inclusivas e combate ao preconceito
Um clube de futebol é um elemento social. Ele tem um alcance muito grande de suas ações e de sua voz. Então, nós temos inúmeras ações desenhadas, algumas muito bonitas que, neste momento, a gente não pode colocar. Se tudo der certo, a gente colocará em breve e vai ter um impacto muito bacana em relação a isso. Queremos fazer do Náutico um clube cada vez mais simpático. Que as pessoas enxerguem como clube simpático e amistoso, que seja uma instituição que seja próxima das pessoas. A questão da nossa camisa preta foi só um ponto. É um elemento apenas. Quando a gente pega, por exemplo, a modalidade “Sou nação”, no programa Nação Timbu, para torcedores de baixa renda, a gente está mostrando claramente isso. A ideia da gente é fazer com que o clube tenha esse alcance. A melhor forma de frisar isso, talvez seja rememorando uma frase que eu falei após o jogo do Paysandu. Apesar da invasão de campo não ser uma coisa desejada, é uma das imagens mais bonitas que eu vi na minha vida. Os Aflitos inteiro tomado com a sua torcida. E naquele momento eu lembro o que eu falei. “O Náutico, hoje, tem uma oportunidade de corrigir um erro histórico, que foi se autodenominar clube de elite. O Náutico não é da elite. O Náutico é do seu povo”. Essa é a visão se eu chegar a ser presidente. O Náutico vai ter um presidente que tem uma origem humilde com muito orgulho. Um cara que saiu do interior para estudar na capital e que está trabalhando e vencendo na vida com muito sufoco. Que viveu sempre perto de pessoas humildes e que sempre teve ao seu redor pessoas que viveram com limitações, mas que sempre foram reconhecidas. Isso é um sentimento meu. Não é uma questão apenas de um conceito, de algo que fica na moda. É algo que se sente. A minha origem, por si só, deixa bem claro o que eu penso no clube em relação a isso.

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