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Santa Cruz: Leston comenta expectativa para clássico e revela trabalho para tranquilizar elenco em meio a agito político

Rafael Melo/Santa Cruz

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O Santa Cruz tem um desafio importante pelo Campeonato Pernambucano nesta quarta-feira. Em um clássico contra o Náutico, o Tricolor terá a responsabilidade de garantir um bom resultado para ir direto à semifinal do Estadual e, mais que isso, garantir a vaga na Série D de 2023 sem depender de ninguém. Assim, na véspera, o treinador Leston Júnior comentou sobre a expectativa para o Clássico das Emoções e sobre os 11 dias de preparação para o jogo. Ele ainda repercutiu o desgastante processo eleitoral que o Santa Cruz enfrentou na última semana.

Olhando para o clássico, Leston Júnior elogiou o time do Náutico e o treinador Felipe Conceição, afirmando que espera um confronto de dificuldade nesta quarta-feira. Ele ainda reforço que o próprio fato de ser um clássico já traz um elemento a mais para o jogo, com muita expectativa em torno. Ainda assim, o treinador do Santa Cruz garantiu que o time está confiante na busca pelas classificações que essa partida pode dar ao clube.

“Desde que iniciou a competição a gente sempre brigou pela vaga direta para a semifinal e nós chegamos, mesmo com um cenário desfavorável desde a pré-temporada. Nós sempre brigamos por essa condição e chegamos ao final dessa fase dependendo das nossas forças para atingir esse objetivo (…) temos procurado fazer uma preparação que nos condicione a um grande jogo e que aumente a possibilidade”.

Olhando para os 11 dias que o Santa Cruz teve de intervalo desde a partida contra o Vera Cruz, Leston Júnior também comentou sobre essa preparação para a partida. Segundo ele, além de correções técnicas e táticas, foi necessário fazer um trabalho para tranquilizar o elenco com relação às inseguranças políticas que aconteceram desde a renúncia de Joaquim Bezerra da presidência do Santa Cruz, minutos depois da vitória sobre o Vera.

“A gente treinou algumas ações táticas, procurou melhorar o condicionamento de alguns jogadores. Mas o que a gente mais fez foi tentar gerar um mínimo de tranquilidade para o elenco. É um momento atípico em um clube de futebol, você, no meio de uma competição, passar por um processo desses. É sempre ruim”, afirmou Leston Júnior. Mas ele também frisou a importância de que o Santa Cruz apresente evolução na defesa e no ataque.

“Taticamente a gente espera alguns movimentos melhores em relação ao jogo passado, principalmente em relação ao primeiro tempo. Que a gente consiga ser um pouco mais agressivo, como fomos no segundo tempo contra o Vera Cruz. E, de modo geral, aspectos defensivos que nós entendemos que a gente pode melhorar”.

Momento político

Além das questões de dentro de campo, Leston também falou sobre as instabilidades políticas do Santa Cruz. Para ele, o clube passou por uma semana difícil, mas, com os movimentos de união que culminaram na aclamação de Antônio Luiz Neto, o treinador viu uma sinalização positiva. Nisso, inclusive, Leston Júnior pediu para que a torcida endosse a ideia de união e também fortaleça o abraço ao clube.

“Que aquilo que foi feito ontem, por parte das pessoas que disputavam a eleição do clube, seja um momento marco para que a gente possa se juntar verdadeiramente. Todos nós que fazemos parte desse clube hoje. Para que a gente consiga dar um direcionamento que essa torcida merece. E a gente está muito mobilizado para que isso aconteça. Entrega, determinação e comprometimento de todos nós aqui não vai faltar, mas eu não vou deixar de pedir ao torcedor que, mais uma vez, seja o diferencial para a retomada do Santa Cruz”, concluiu.

Leia a íntegra da entrevista coletiva de Leston Júnior

A nova presidência traz reflexo positivo ao elenco?

“Mais do que a posse do presidente Antônio, a maior mensagem que que chega pra gente no campo, no vestiário, é a mensagem da união da de grandes tricolores em em prol da causa maior, que é o clube. Nada melhor do que isso, principalmente em um momento tão delicado que o clube viveu nos últimos meses e, fundamentalmente, nesses últimos dez dias. É uma mensagem que chega com uma expectativa de dias melhores, de um ambiente mais seguro, mais tranquilo para que nós, profissionais, possamos desempenhar o nosso melhor. Então, eu vejo como algo positivo”.

“Agora, nós sabemos que isso é uma mensagem, mas que só o dia a dia, a convivência, as ações que eu tenho certeza que serão feitas na sequência da temporada pela gestão que acaba de assumir o clube é que vão, verdadeiramente, trazer os efeitos necessários. Não estou me referindo a uma questão exclusivamente financeira, mas uma questão de ambiente, para termos um ambiente realmente seguro, onde as pessoas se sintam à vontade para desempenhar o seu trabalho”.

Até que ponto a nova gestão te passa mais segurança no cargo?

“É claro que o resultado está sempre atrelado à continuidade, à sequência de um trabalho. É claro que em alguns momentos, você se depara com com os gestores que conseguem enxergar além dos 90 minutos, mas enxergar o trabalho como um todo. E o presidente Antônio, por tudo aquilo que já ouvi falar na gestão passada dele, sempre teve esse olhar”.

“Não é à toa que a passagem dele pelo clube foi altamente vitoriosa, é um sinal de que ele tem critério nas avaliações. E ouvir isso dele, ouvi antes do discurso também, é sempre bom, porque faz com que a gente entenda que, principalmente nos momentos de maior turbulência, as avaliações sempre serão avaliações mais criteriosas, não simplesmente a avaliação da bola que entrou e da que não entrou, que o padrão do futebol brasileiro”.

A expectativa para o clássico

“A expectativa é de um jogo difícil, diferente, como são todos os clássicos. Eu sempre bato nessa tecla: estreia de campeonato, final e clássico são jogos diferente dos demais. Pelo simples fato de estar cercado sempre de muita expectativa. Então, a gente tem realmente uma expectativa de conseguir fazer um grande jogo, de conseguir atingir o nosso objetivo. Desde que iniciou a competição a gente sempre brigou pela vaga direta para a semifinal e nós chegamos, mesmo com um cenário desfavorável desde a pré-temporada. Nós sempre brigamos por essa condição e chegamos ao final dessa fase dependendo das nossas forças para atingir esse objetivo”.

“A gente espera dificuldade, o Náutico tem uma equipe que já tem uma base de outras temporadas. Teve uma mudança há um tempo no comando técnico, saiu o Hélio (dos Anjos) e entrou o Felipe (Conceição), que também é um profissional de muita capacidade, então a gente vai ser muito exigido, mas tem procurado fazer uma preparação que nos condicione a fazer um grande jogo e que aumente a possibilidade. Só assim nós teremos a nossa possibilidade de classificação direta para a semifinal aumentada, em função daquilo que fizermos nos 90 minutos”.

Os 11 dias de intervalo entre os jogos

“Foram 11 dias de treino, descanso e turbulência. De um ambiente totalmente atípico, em função dessas questões políticas que o clube viveu. Nós vencemos o jogo do Vera Cruz e, meia-hora após o jogo houve a renúncia do presidente e nós vivemos esses 10 dias treinando, descansando, mas com uma turbulência muito grande”.

“É claro que a gente treinou algumas ações táticas, que procurou melhorar o condicionamento de alguns jogadores. Mas, fundamentalmente, o que a gente mais fez foi tentar gerar um mínimo de tranquilidade para o elenco. É um momento atípico em um clube de futebol, você, no meio de uma competição, passar por um processo desses. É sempre ruim. A gente tentou, além de treinar, minimizar esses, tentando passar tranquilidade para os jogadores, mostrando a importância de estar muito mobilizado para que esse momento de muita instabilidade que nós vivemos não trouxesse maiores sequelas para o jogo de amanhã”.

“Obviamente que taticamente a gente espera alguns movimentos melhores em relação ao jogo passado, principalmente em relação ao primeiro tempo, que a gente consiga ser um pouco mais agressivo, como fomos no segundo tempo contra o Vera Cruz. E, de modo geral, aspectos defensivos que nós entendemos que a gente pode melhorar, na medida em que a gente reproduzir muito daquilo que a gente fez nesses 10 dias de treinamento”.

Mensagem para a torcida do Santa Cruz antes do clássico

“A mensagem que eu posso passar para o torcedor, a mais importante, é que, nos momentos de maiores dificuldades na história desse clube, o torcedor fez a diferença. Quem tem poder de fazer a diferença não é o Leston, não são os jogadores. A torcida do Santa Cruz já deu inúmeras demonstrações, ao longo da sua história, nesses momentos que o clube vive, de busca de retomada, com união de grandes tricolores”.

“E os grandes tricolores, principalmente, são os torcedores. São aquelas pessoas das mais humildes, que sempre, de uma forma muito apaixonada, construíram uma história bonita nesse clube. E nós, juntos, realmente temos uma condição de acelerar esse processo de retomada”.

“A mensagem que eu deixo é que aquilo que foi feito ontem por parte das pessoas que, naquele momento, disputavam a eleição do clube, seja um momento marco para que a gente possa se juntar verdadeiramente. Todos nós que fazemos parte desse clube hoje. Para que a gente consiga dar um direcionamento que essa torcida merece. E a gente está muito mobilizado para que isso aconteça. Então, entrega, determinação e comprometimento de todos nós aqui não vai faltar, mas eu não vou deixar de pedir ao torcedor que, mais uma vez, seja o diferencial para a retomada do Santa Cruz”.

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