Marujo volta à Série C após cinco anos acima
O CSA vem se habituando ao quase. Após dois anos seguidos com um 5º lugar na Série B, o Azulão viveu uma temporada frustrante, com erros acumulados, e, bateu na trave de novo. Mas dessa vez pela permanência. Na última rodada, o CSA está rebaixado à Série C do Brasileiro.
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O cenário do Marujo era para uma permanência até os 44 do 2º tempo. Vencendo o Cruzeiro no Mineirão por 2×1, o CSA ia escapando e rebaixando o Grêmio Novorizontino. Mas o time sofreu uma virada relâmpago e acabou sendo derrotado por 3×2. Não deu para o Azulão.

As expectativas eram altas
O CSA chegou para o ano com expectativas elevadíssimas. Eram seis anos seguidos com o Azulão deixando boas impressões no Campeonato Brasileiro, com três acessos, duas batidas na trave para subir e um rebaixamento dolorido, mas de cabeça em pé.
- 2016 – Série D – 2º (promovido)
- 2017 – Série C – Campeão (promovido)
- 2018 – Série B – 2º (promovido)
- 2019 – Série A – 18º (rebaixado)
- 2020 – Série B – 5º
- 2021 – Série B – 5º
- 2022 – Série B – 17º (rebaixado)
Nos dois anos anteriores, o retorno à Série A tinha ficado bem perto, escapando por apenas três pontos em 2020 e por apenas dois em 2021. A sequência parou aí. Dessa vez, o CSA nem chegou perto do G4 e a única presença na 1ª página da tabela aconteceu na 1ª rodada.
O início do ano dava razão à expectativa. No Alagoano e no Nordestão, o time não deixou a desejar, disparando no Estadual e ficando atrás apenas do Fortaleza no seu grupo no Regional. Mas os pênaltis eliminaram o time logo na 1ª fase de mata-mata, contra CRB e Sport.

A decepção da Série B
Assim, era hora de focar na disputa do Brasileiro. Ainda sob comando de Mozart Santos, o time não engrenou na largada da Série B. A 1ª vitória só veio na 4ª rodada, sobre o Sport. A 2ª, apenas na 9ª. E a 3ª vitória só viria sob comando de Alberto Valentim, já na 18ª rodada.
Àquela altura, o CSA tinha trocado o comando técnico há seis jogos e ainda esperava por alguma reação. Alberto Valentim chegou falando em acesso, mas só durou 10 jogos, e foi apenas uma vitória nesse recorte.
Na 22ª rodada da Segundona, quando da saída de Alberto Valentim, o CSA ocupava a 17ª colocação da Série B, a quatro pontos da Chapecoense. Assim, a missão caiu para Roberto Fernandes, recém-saído do Náutico.
E o time conseguiu crescer sob novo comando. Se eram três vitórias na 22 rodadas iniciais, os oito jogos seguintes trouxeram mais três vitórias. Mas os números voltaram a cair e ele saiu após uma sequência de um ponto nos quatro jogos finais.
E a responsabilidade final ficou para o auxiliar Adriano Rodrigues. Ele até buscou duas vitórias nos três jogos que lhe restavam. Mas na disputa ponto a ponta, melhor para o Grêmio Novorizontino, que segue na Segundona, com o Azulão sendo rebaixado à Série C.

O que virá em 2023?
Agora, rebaixado, o CSA terá um ano desafiador em 2023. A temporada já começa com muito dinheiro em jogo, na disputa da pré-Copa do Nordeste, a partir de 5 de janeiro, enfrentando o Potiguar de Mossoró na 1º eliminatória.
Além disso, o time também vai jogar a Copa do Brasil, o Alagoano e a Série C do Brasileirão – na qual não aparece desde o título, em 2017. De quebra, como 16 dos 20 rivais na Terceirona já estão com temporada finalizada há bastante tempo, a preparação começou bem antes.
Assim, o CSA precisará correr contra o tempo para buscar as contratações disponíveis no mercado e, além disso, para iniciar a pré-temporada, que só poderá contar com os jogadores remanescentes do atual elenco após um mês de férias para os atletas.

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