CEO do Fortaleza exigiu a punição dos envolvidos no atentado ao ônibus e atualizou a situação de jogadores que se machucaram com explosão
O desembarque do Fortaleza na capital cearense após o atentado sofrido ao ônibus do clube por conta de uma bomba caseira lançada por uma facção organizada foi marcado pelo protesto do CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz. Em sua fala, o dirigente fez questão de pedir a punição aos responsáveis pelo artefato e disse que, por ele, o Tricolor só voltaria a campo depois que seus jogadores estivessem plenamente recuperados.
“O João Ricardo está com seis pontos na cabeça. O Escobar tomou 13, alguns na cabeça, outros na boca, além de um trauma cranio-encefálico. O Titi está com um pedaço de vidro na panturrilha que não conseguiram retirar e o Dudu está com estilhaços pelo corpo. Eu acho que o Fortaleza só deveria voltar a jogar quando seus jogadores estiverem curados. É injusto o que aconteceu. Como eu vou colocar o time em campo depois do que aconteceu?”, iniciou o CEO.
“E também acho que só deveríamos voltar a campo depois que os bandidos que fizeram isso forem punidos. Tem que ter uma reação de verdade. Só nota de repúdio e lamento não adianta. Vai esperar morrer alguém? Não morreu por intervenção divina. Hoje, fomos atacados por uma bomba caseira. Antes seriam pedras e aí parece que, por ser menos letal, as pessoas passaram a aceitar a pedra. Foram seis jogadores lesionados. Se fosse um ônibus normal, em uma cidade, e uma pessoa jogasse uma bomba? O que aconteceria com essa pessoa? Ia ser preso. Ia ser julgado. Por que com o futebol é diferente? Porque esses bandidos não são presos? Isso acontece no Brasil inteiro, pois eles se comunicam de um estado para o outro. É necessário dar um basta”, desabafou Paz.
Saiba mais
- “Cadê as bombas?”: vídeo flagra organizada do Sport antes de atentado a ônibus do Fortaleza; veja
- Futebol brasileiro tem histórico recente de ataques a ônibus; veja casos e punições
- FPF diz estar em contato com a SDS para identificar e prender responsáveis por ataque ao ônibus do Fortaleza
- Sport x Fortaleza: Torcedores tentaram entrar com explosivos na Arena e não foram apreendidos pela Polícia
- Federação Cearense diz que irá adotar medidas cabíveis “desportivas, cíveis e criminais” após atentado a delegação do Fortaleza
- Ceará, Santa Cruz e outros clubes lamentam atentado que feriu jogadores do Fortaleza após jogo contra o Sport
- Fortaleza atualiza situação de jogadores atingidos em ataque a ônibus
- Ônibus do Fortaleza é atacado por torcida organizada do Sport e jogadores são atingidos; veja vídeos
- CBF lamenta ataque a ônibus do Fortaleza e pede que criminosos “sejam punidos exemplarmente”
Ao todo, seis jogadores do Fortaleza ficaram feridos no atentado à delegação do Fortaleza. Foram eles, o laterais Dudu e Escobar, os zagueiros Titi e Brítez, o volante Lucas Sasha, além do goleiro João Ricardo.
Diversos clubes do futebol nordestino, além das Federações do Ceará e de Pernambuco e a CBF, manifestaram suas solidariedades ao Fortaleza, que, em tese, deverá voltar a campo na próxima quarta-feira (28), para enfrentar o Fluminense-PI para jogo válido pela 1ª fase da Copa do Brasil.
0 comentários