Dois pontos perdidos que serão certamente serão motivo de lamento para a torcida do Fortaleza. Na noite desta quinta-feira, no Castelão, o Tricolor mesmo tendo mais posse e mais chances de gol, esbarrou na muralha do Goiás, comandada pelo goleiro Tadeu. O Leão saiu perdendo o jogo no primeiro tempo, contando com erros da dupla de zaga, e chegou a esboçar reação com gol de Wellington Paulista, mas não foi o suficiente para fazer o dever de casa contra o lanterna da Série A, desperdiçando uma oportunidade de desgarrar mais da luta contra o rebaixamento.
Pra cima
Precisando vencer, Marcelo Chamusca não mediu esforços para lançar o Fortaleza com a força máxima que tinha disponível para o ataque. Novamente optando por Wellington Paulista ao lado de David, e ainda contando com a volta de Osvaldo, recuperado da covid-19. Porém, na prática, o time não conseguiu imprimir um bom ritmo no início do jogo.
Mesmo cercando com os quatro atacantes, além do apoio dos laterais e dos volantes, o Fortaleza até chegou a ameaçar com David e Wellington Paulista nos 10 primeiros minutos, mas pouco deu trabalho a Tadeu e muito sofreu para criar espaços, ou ter velocidade nos contra-ataques para furar as duas linhas da marcação esmeraldina.
O bote do Goiás
Por sua vez, o Goiás nada se incomodava com a entrega da posse de bola ao Fortaleza (68% x 32%), e nem com o fato do Leão trocar quase o triplo de passes certos no primeiro tempo (299 x 111). Bastava uma bola, bastava um erro da defesa dos donos da casa. E conseguiu aos 23′, na primeira boa chance que teve. Fernandão, num balanço de corpo em cima de Wanderson, seu ex-companheiro de Bahia, saiu livre de cara com Felipe Alves e só tocou rasteiro de primeira para abrir o placar.
Pressão leonina
Com o gol, o Goiás fechou ainda mais o ferrolho para levar a vantagem até o intervalo. Isso chamou o Fortaleza ainda mais para cima. Novamente sofrendo para encontrar espaços, o Leão demorou mas começou a encontrar as brechas necessárias a partir de três fatores ofensivos: a movimentação de David e Wellington Paulista, as triangulações rápidas pelo meio e as jogadas individuais dos laterais. Daí surgiram as duas ótimas oportunidades que David teve, em jogada de Tinga aos 41′ e da tabela com Wellington, aos 46′. Mas o atacante perdeu as duas chances claras, sendo a segunda a pior delas, com Tadeu já ‘vendido’ no lance. Típica situação em que o torcedor para e pensa: “vai fazer falta”.
O faro do artilheiro
Na volta para o segundo tempo, Chamusca trocou Osvaldo por Yuri César e ganhou mias fôlego para manter a pressão. David de novo parou em grande defesa Tadeu, aos 5 minutos, mas aos 16′, quando o treinador já havia chamado Bérgson para o lugar de Wellington Paulista, o faro do artilheiro fez diferença. Bruno Melo cruzou de primeira e WP9 se desprendeu da marcação para colocar a bola na rede, marcando seu 100º gol pelo Brasileirão, que o fez entrar para o Top 5 de goleadores da era dos pontos corridos.
Mas não foi o suficiente
O Fortaleza seguiu a pressão em busca da virada. Chamusca, enfim, trocou Wellington por Bérgson e também o lado esquerdo por completo, acionando Carlinhos e João Paulo. Porém não repetiu o rendimento do começo da etapa. Bérgson, Yuri César e João Paulo até tiveram chances, mas não conseguiram finalizações claras. E quando a bola passava pela defesa, o seguro Tadeu ajudava a garantir o ponto precioso, porém longe de ser o suficiente para o Goiás. Mas os dois perdidos pelo Fortaleza, esses sim podem fazer muita diferença ao longo do campeonato. E já a curto prazo, impederiam o time de abrir uma boa vantagem de sete pontos para o Z4, com a rodada ainda a completar.
Estatísticas
Posse de bola: Fortaleza 69% x 31% Goiás
Finalizações: Fortaleza 15 x 6 Goiás
Finalizações no gol: Fortaleza 8 x 1 Goiás
Passes certos: Fortaleza 547 (88%) x 183 (68%) Goiás
Desarmes: Fortaleza 9 x 11 Goiás
Defesas do goleiro: Fortaleza 0 x 7 Goiás
Fonte: Sofascore
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Dupla de zaga mal em campo
Destoantes em uma atuação relativamente mediana do Fortaleza como um todo, os dois zagueiros foram cruciais para o tropeço dentro de casa. Ambos sofreram bastante nos duelos com Fernandão. Wanderson foi o pivô no gol do Goiás ao tentar antecipar o lançamento e abrir um clarão, mas Jackson também se movimentou mal no lance e ainda escapou de uma expulsão na metade do segundo tempo, quando o time pressionava na busca pela virada. Uma falta em que parou contra-ataque com maior força e por isso merecia receber o que seria seu segundo cartão amarelo do jogo.
David, por ter perdido as melhores chances do primeiro tempo, também merece ser pontuado entre os piores em campo.
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