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Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani

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Bahia: Bellintani admite atrasos e espera quitar até fim do ano

Em coletiva, presidente falou sobre reforços, momento e mais; veja

Foto: Felipe Oliveira/ EC Bahia

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Além da apresentação do técnico argentino Diego Dabove, a tarde de terça-feira no Bahia também teve entrevista coletiva com o presidente do clube, Guilherme Bellintani. Dentre os questionamentos, o mandatário falou e reconheceu débitos da temporada passada com o elenco, ao mesmo tempo que afirmou viver expectativa por quitá-los até o fim deste ano, dizendo também que o pior momento orçamentário do Esquadrão já passou.

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“Não estão em dia (os salários). Temos falado bastante sobre isso, temos ainda o débito do ano passado que está sendo muito conversado, dialogado, de forma muito transparente. Essas imagens do ano passado estão sendo muito conversadas, dialogadas. É impossível em um ano que tivemos um déficit de R$ 52 milhões, no ano seguinte a gente pagar tudo isso. O que precisamos é de transparência, diálogo, compreensão e planejamento. É o que temos feito”, disse.

“Temos a expectativa de tentar encerrar o ano com tudo isso suprido. Essa é a nossa expectativa e digo ao torcedor que apesar de o momento ainda ser muito difícil, já passamos pelo pior momento e a expectativa agora é de aos poucos ir melhorando”, acrescentou o mandatário.

Além disso, Guilherme Bellintani falou sobre contratações, momento da equipe – que vive jejum de sete partidas sem triunfos na Série A – e cobranças. Leia ou ouça, abaixo, na íntegra, a coletiva do presidente do Bahia.

íntegra da coletiva de guilherme bellintani.

Entrevista Bellintani

Momento do Bahia.

“Muito difícil, não existe como classificar diferente disso. Um momento com sete partidas seguidas sem um triunfo. Então muito difícil. A resposta é serenidade e trabalho. Acho que já tivemos outros momentos difíceis ao longo desses quase quatro anos que estou aqui e com serenidade e trabalho conseguimos superar. Acho que cada vez mais o clube se fortalece com os momentos difíceis e sabe sair deles”.

É possível que algum dos volantes do grupo saiam após a chegada de Luizão?

“Primeiro que os atletas do grupo hoje têm contrato em vigor, seja até o fim desse ano ou períodos mais longos. Qualquer saída deve ser combinada primeiro com avaliação técnica do treinador e comissão, e segundo com circunstâncias de oportunidades principalmente econômicas. Ninguém rompe contrato unilateralmente. Então isso não está na pauta imediata, mas se ocorrer será sempre fruto de avaliação técnica e comum acordo”.

Durante o período eleitoral você disse que o principal erro da gestão era o futebol. Qual análise você faz desse segundo mandato no futebol?

“Não é que o principal erro (do primeiro mandato) foi o futebol, mas que o futebol não conseguiu avançar na mesma dimensão das conquistas que tivemos fora de campo. Por exemplo, a construção do CT, o avanço econômico do clube. Entendo que fizemos uma mudança grande na virada da gestão como tínhamos combinado e proposto aos próprios sócios e torcedores que participaram da eleição. E tivemos um primeiro ciclo que foi avaliado, inclusive com um título que buscamos há mais de três anos, que é a Copa do Nordeste. Começamos bem o Campeonato Brasileiro mas uma sequência de sete jogos em triunfos nos traz a análise necessária da mudança. E é isso que estamos fazendo”.

Poderia falar a respeito da placa fotografada de Pituaçu como segue a meta da competição?

“Engraçado, quando estamos numa fase ruim tudo vira polêmica. Então é bom explicarmos ao torcedor: a gente faz uma meta que serve para, dentro das circunstâncias, criar metas específicas para o alcance. E essa meta é variável. Não temos a mesma meta a cada cinco jogos, varia pela análise que fizemos do adversário, se são dentro ou fora de casa. E a gente cria isso e busca que essas metas conjuntamente nos deem o resultado esperado, planejado, que é uma classificação para a fase de libertadores, pelo menos a pré-libertadores. Esse é o nosso objetivo: essas metas todas somadas, se conquistadas, nos dão o alcance dessa super meta, que é o alcance da libertadores. Então, naturalmente, quando se analisa fora de contexto os cinco jogos, podemos ter uma variação errada daquela meta. Mas a nossa meta, desde o começo temos dito, é figurar entre os dez do Campeonato Brasileiro e, se possível, alcançar uma vaga na pré ou até mesmo na Libertadores”.

Como  você avalia as cobranças e insatisfação da torcida sobre seu trabalho? 

“Acho, assim, quem está no futebol tem que estar pronto para esses momentos. Ser presidente do Bahia é para poucos, para quem tem coragem. E a coragem é estabelecida nos momentos ruins, nos bons não precisam de corajosos, não. Se estou aqui é porque tenho capacidade para estar, tenho a serenidade para tomar as decisões corretas nos momentos ruins. E vejo com muita humildade, tranquilidade, que meu papel agora não é reagir de forma intempestiva, acalorada ou nervosa, como muitos acham que iremos reagir. Minha experiência felizmente me deu a capacidade de nos momentos difíceis ter a serenidade e trabalhar”.

Nos últimos anos o Bahia tem média de 12 vitórias na Série A e uma reta final de campeonato brigando para não ser rebaixado. Qual planejamento a partir de agora em que o Bahia é 15º?

“Não concordo com a pergunta, isso se deu na última participação no Brasileiro, não nas últimas. Anteriormente não tínhamos figurado na zona, disputamos o meio de tabela ou até um pouco mais na frente. Mas concordo com a pergunta em relação à ultima participação, onde sofremos bastante, muito mais do que tínhamos planejado. Neste ano estamos reagindo, não deixamos chegar em um momento de crise tão aguda. O momento é muito ruim porque estamos sete jogos, assim como ficamos no ano passado, mas nossa capacidade de reação vai nos tirar disso, tenho segurança, pelo trabalho que está começando a ser desenvolvido agora, de mudança, pela estrutura do clube, capacidade que temos de enfrentar momentos difíceis. A nossa capacidade e preparação para enfrentar momentos difíceis servem para esses momentos. Porque nos momentos bons, de três ou quatro meses atrás, a gente estava comemorando bastante um título inédito. Agora está na hora de enfrentar os momentos ruins”

Segunda pior defesa da Série A, igual a de 2020. Você pretende reestruturar o setor?

“Acho que a correspondência ou não das peças contratadas vai ser feita pelo treinador. A gente viu no ano passado um time muito aberto, entre as defesas mais vazadas e agora vemos novamente esse filme. Talvez seja o grande ponto de correção que precisamos fazer no que se refere a dentro de campo. Agora acho equivocado, do ponto de vista do futebol, atribuir isso aos jogadores da linha defensiva. Sabemos que um time pode ter os melhores zagueiros do mundo mas se joga de maneira exposta, não são capazes de evitar uma sequência de gols. Essa avaliação caberá ao treinador e tenho certeza que se ele veio para cá, na nossa avaliação ele é capaz de superar essa grande dificuldade que nos incomoda muito, ser uma das mais vazadas”.

Reforços. 

“A gente fala muito disso, e concordo que precisa, temos buscado há algum tempo, anunciamos agora Luizão e traremos pelo menos mais um atleta e talvez dois, mas isso analisando com a comissão. Mas também não acreditamos que a chegada de reforços é a única forma que tem para resolver problemas. Não há solução milagrosa que seja simplesmente trazer jogadores novos e não trabalhar também a elevação de qualidade e intensidade dos jogadores que já temos. E também olhar para nosso sub-23 e sub-20. O nosso sub-23, dos jogadores titulares, sete ou oito são do sub-20. Isso é importante, estão sustentando uma competição de bom nível mesmo estando em uma idade abaixo da média. E consequentemente o nosso sub-20 tem sofrido porque grande parte está no sub-23. Isso é proposital, fez parte do planejamento e ajuste para este ano. Em um momento como esse isso ajuda, jogadores que conseguem responder coisas que não esperam. Temos que olhar para isso, mas para reforços e ver o que juntos precisaremos junto com a comissão”.

Como corrigir os erros de montagem do elenco e não gastar além da conta?

“Acho que isso procede na leitura do momento. Temos uma janela de avaliação que são sete jogos sem triunfo. Quando analisamos isso somos mais rigorosos não só sobre a avaliação dos jogadores que chegaram neste ano, como também dos que já estavam aqui ano passado. Numa crise de sete jogos sem vencer no Brasileiro toda a análise é deficitária, do todo, seja em relação aos jogadores que chegaram ou os que já estavam. O rendimento caiu muito. Não especificamente em relação às novas contratações. É bom lembrar que diferente dos outros anos, montamos para este ano um elenco com uma folha 30% menor do que a folha do ano passado. E além disso não gastamos com a aquisição. Se desde 2016 o Bahia vem com política de aquisição, este é o primeiro ano que não investimos. Portanto tivemos que buscar livres ou com parcerias pela crise financeira e digo sempre: temos um momento que é delicado, precisamos ter uma resposta em campo à altura do que o torcedor merece, mas com tranquilidade para que o Bahia em um momento difícil não comece a gastar dinheiro que não tem e isso termine prejudicando o clube no futuro. Não quero dizer com isso que não iremos fazer investimentos, mas quero dizer que esses novos investimentos sempre serão feitos considerando que nós não queremos, por uma crise de um ano, de um momento difícil de um ou dois anos de pandemia, terminar prejudicando toda a saúda financeira que demoramos muito a conquistar. Por isso digo: serenidade, mas logicamente com o incomodo necessário, que tira a nossa noite, nos agonia, mas sem desespero para achar que podemos sair fazendo milhões de assinaturas de cheques e gastando dinheiro que não temos”. 

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