Após receber a notificação de que o Colo-Colo, do Chile, havia movido uma ação na FIFA contra o Fortaleza devido à saída e posterior contratação do atacante Juan Martín Lucero, o Tricolor do Pici se utilizou de suas redes sociais para se defender das acusações.

Em nota assinada pelo ex-diretor de futebol e atual segundo vice-presidente do clube, Alex Santiago, o Leão do Pici aponta que todas as suas tratativas ocorreram diretamente com o atleta que, segundo eles, estava livre após pagar sua cláusula de rescisão aos chilenos.

“O Fortaleza Esporte Clube tomou ciência de ação ajuizada pelo clube Colo-Colo-CHI contra o atleta Lucero, perante a FIFA. Uma situação que, no todo, não surpreende, visto o desgosto com que o clube chileno tratou a saída do jogador. O atleta exerceu a sua cláusula de saída, fez o pagamento ao seu ex-clube. Todavia, ao que parece, não houve a aceitação dessa situação por sua ex-agremiação”, apontou Santiago.

Em sua solicitação junto à FIFA, o Colo-Colo exige o pagamento de uma multa de US$ 2,1 milhões, pois alega que o jogador não possuía cláusula de liberação em seu contrato. Além disso, o Cacique também deseja que uma punição de “transfer ban” seja aplicada ao Fortaleza. Dessa forma, caso o tradicional time chileno seja atendido, o Leão do Pici ficaria impedido de registrar novos jogadores por até três anos.

O ano de Lucero no Pici

Considerado a contratação mais badalada do Fortaleza para a temporada 2023 até agora, o centroavante argentino Juan Martín Lucero vem justificando essa expectativa. Após um início de temporada lento, quando oscilou entre a titularidade e o banco, o jogador engrenou e se tornou peça fundamental para o time de Vojvoda.

Com números muito positivos, o jogador é o atual artilheiro da temporada tricolor, com 12 gols marcados. Além disso, é também o líder em participações diretas para gols com 18, uma vez que também anotou mais 6 assistências.

Confira, na íntegra, a nota do Fortaleza:

O Fortaleza Esporte Clube tomou ciência de ação ajuizada pelo clube Colo-Colo-CHI contra o atleta Lucero, perante a FIFA. Uma situação que, no todo, não surpreende, visto o desgosto com que o clube chileno tratou a saída do jogador.

O atleta exerceu a sua cláusula de saída, fez o pagamento ao seu ex-clube. Todavia, ao que parece, não houve a aceitação dessa situação por sua ex-agremiação. A frustração desportiva é natural, pois se entende a importância deste atleta, que já tem números relevantes no futebol brasileiro.

É inesperado, apenas, que o Fortaleza tenha sido incluído nesta ação, vez que o clube lidou com atleta livre.

Lucero apresentou a cláusula de saída executada, com comprovante de pagamento feito com recursos próprios ao ex-clube e, portanto, atleta desembaraçado de qualquer vínculo contratual anterior.

O Fortaleza observa sua inclusão na ação com surpresa, mas também com muita tranquilidade. O Clube irá apresentar tecnicamente sua defesa perante a FIFA, sempre com o objetivo de melhor resguardar os direitos da Instituição.

A apresentação de demanda perante um tribunal desportivo é direito que cabe a qualquer clube, assim como também é um direito correspondente o exercício pleno da defesa quando há imputação injusta, que é o que ocorre nesse caso.

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