Presidente do Ceará admite que se precipitou ao demitir técnico Gustavo Morínigo no início da Série B

João Paulo Silva admitiu em entrevista coletiva que poderia ter dado mais tempo de trabalho ao treinador paraguaio

O Ceará tem uma temporada para esquecer, excetuando apenas a conquista da Copa do Nordeste. Entretanto, muitos processos aconteceram de maneira atropelada, acumulando assim diversos erros na condução do futebol do Alvinegro. Uma delas, na visão do presidente João Paulo Silva, foi a de ter se precipitado na demissão do técnico Gustavo Morínigo, no fim de abril.

O treinador passava por um momento de oscilação no comando do Ceará, mas tinha conseguido a classificação para a final da Copa do Nordeste e conseguiu uma vitória no jogo de ida, no Castelão, em cima do Sport. Porém, após a segunda derrota nos dois primeiros jogos da Série B, o mandatário do Vozão optou por demitir o treinador. Algo que, hoje, ele admite que foi um erro e que se precipitou.

“Eu até já falei sobre isso em algum momento, mas me arrependi de não ter dado um tempo a mais para o Gustavo (Morínigo). É um treinador que fez o trabalho dele. Como eu estava entrando no clube, acho que me precipitei um pouco em tirá-lo naquele momento e não ter dado a oportunidade dele ter feito aquela final (da Copa do Nordeste), o mérito foi dele e dos atletas”, afirmou.

“Infelizmente, no futebol, a linha de frente tem que tomar uma decisão. O motivo da saída do Gustavo não foi pelos resultados, por ter perdido os dois primeiros jogos da Série B, e sim uma mudança de trabalho. Internamente já deixei isso claro. Mas assumo que me precipitei em ter o tirado naquele momento”, pontuou o presidente do Ceará, João Paulo Silva.

Confira a entrevista coletiva do presidente do Ceará

Relembre as trocas de técnico do Ceará

Gustavo Morínigo iniciou a temporada no Ceará e teve uma boa largada, levando a equipe para avançar com tranquilidade para o mata-mata da Copa do Nordeste. Além disso, também apresentava campanha sólida no Campeonato Cearense e chegou à final das duas competições.

Nesse momento o clube passou por sua primeira oscilação mais forte. Depois de eliminar o Fortaleza na semifinal do Nordestão, o Ceará perdeu a final do Cearense para o seu maior rival. Além disso, largou com derrota na Série B. No primeiro duelo da final da Copa do Nordeste, bateu o Sport. Mas a derrota por 3 x 0 para o Guarani no Castelão, pela Segundona, deu fim à passagem do treinador.

Depois da demissão de Gustavo Morínigo, o Ceará contratou Eduardo Barroca, que comandou o time no segundo jogo da final da Copa do Nordeste e conquistou o título pelo Vozão. Mas o treinador não conseguiu dar os resultados esperados durante a Série B e foi demitido no fim de junho, dando vaga a Guto Ferreira.

O novo treinador chegou com a esperança de fazer o time alvinegro deslanchar, mas não conseguiu ser efetivo. Guto Ferreira chegou no fim de junho, durou apenas dois meses e também deixou o clube. Vagner Mancini assumiu, na esperança de um último gás na busca pelo acesso, mas não foi possível.

Todavia, o atual comandante está nos planos do presidente do Ceará para tocar o projeto do futebol do clube em 2024 junto a um novo departamento de futebol que deve ser montado.

O Vozão busca um diretor remunerado, além de um executivo e um coordenador. A expectativa é de que esses nomes sejam acertados o quanto antes para iniciar o planejamento visando 2024.