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Alessandro Fadul, Adalberto Nóbrega e Cadu Pessoa são técnicos de vôlei das equipes nordestinas na Superliga B Alessandro Fadul, Adalberto Nóbrega e Cadu Pessoa são técnicos de vôlei das equipes nordestinas na Superliga B

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Com recorde de nordestinos na Superliga B, treinadores valorizam projetos e investimento do vôlei na região

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Cadu Pessoa, Alessandro Fadul e Adalberto Nóbrega falaram sobre a importância do legado das equipes

Em 2024, o Nordeste conta com um recorde de participantes na Superliga B de Vôlei: dois no feminino (Recife Vôlei e Natal/Desportivo) e dois no masculino (Natal/América-RN e Rede Cuca-CE). Mesmo fora do eixo Sul-Sudeste, onde estão os maiores investimentos e clubes do vôlei brasileiro, o trabalho para aumentar a representação nordestina é constante.

E isso vem dando resultados. Depois de um jejum de seis anos, os clubes nordestinos voltaram a aparecer na elite nesta década e receberam o abraço das torcidas locais, enchendo os jogos em Natal, no Recife e em Fortaleza. O Rede Cuca, inclusive, disputou a Superliga A em 2022/23, o que ajudou a levar o nome do projeto social da Prefeitura de Fortaleza para o Brasil.

Em entrevista ao NE45, os treinadores Cadu Pessoa, do Natal/Desportivo, Alessandro Fadul, do Natal/América, e Alberto da Nóbrega, do Recife Vôlei, falaram sobre os investimentos para a temporada e o plano de longo prazo das equipes. Além disso, eles também refletiram sobre o impacto dessa descentralização, com mais equipes nordestinas.

O crescimento do Natal

Treinador Cadu Pessoa comemora em jogo do Vôlei Natal na Superliga C 2023
Cadu Pessoa tem dois títulos de Superliga C por equipes potiguares – Gabriel Leite/Vôlei Natal

No comando do Vôlei Natal/Desportivo Rio Grande, Cadu Pessoa não teve uma pré-temporada longa para entrosar a equipe. Fundado em 2023, o time garantiu o título do seu grupo na Superliga C em novembro e, desde então, vem com foco total na Superliga B.

Mas ele lembrou das dificuldades de fomento no esporte da região. “Fazer esporte no Nordeste é bem complexo. Os investimentos no esporte profissional estão muito aquém do que precisamos para fazer acontecer. Mas entendo como um processo contínuo. Quem está há mais tempo no esporte profissional na nossa região já consegue enxergar crescimento”.

Cadu tem propriedade para falar sobre o vôlei potiguar. Além de uma década no time da UFRN, ele já esteve no comando de outros projetos, como o Aero, equipe com a qual foi campeão do grupo da Superliga C Masculina, em 2020. Para ele, esse projeto abriu portas para Natal.

“Quando começamos a jogar a Superliga C, em 2019, os atletas de fora não tinham conhecimento do nosso trabalho por aqui e até tinham receio de vir trabalhar conosco. Hoje, a visão já é outra, somos procurados por atletas e vários agenciadores”, contou Cadu.

O longo prazo do Natal

Alessandro Fadul, técnico do Vôlei Natal/América-RN
Fadul já levou time potiguar à semifinal e quer repetir campanha – Gabriel Leite/Vôlei Natal

Depois do acesso, o comando do Aero na Superliga B de 2021 ficou a cargo de Alessandro Fadul, que voltou à capital potiguar no ano passado, no Vôlei Natal/América-RN. Naquele ano, o Aero foi semifinalista e acabou se fundindo ao Vôlei Taubaté para criar o Funvic/Natal, primeiro clube nordestino na história da Superliga Masculina, em 2021/22.

Apesar das semelhanças, Fadul reforçou que os três projetos são muito diferentes. “O projeto do Aero foi fomentado por quem não era daqui, não tinha preocupação com o legado que iria deixar. O projeto da Funvic também não era daqui, veio em uma tentativa de sobrevivência. Agora, o projeto do Vôlei Natal é pensado, planejado e elaborado por profissionais de Natal, comprometidos com o legado que irão deixar, com o que estão plantando”.

Assim, Fadul reforçou a importância da descentralização do vôlei nacional e colocou o Vôlei Natal, já com a nova parceria com o América-RN, como um projeto que pode ajudar nessa missão.

“Vejo com muito bons olhos essa descentralização do eixo Sul-Sudeste. O Nordeste e o Norte têm muito potencial de crescimento, muitos atletas que se perdem pela falta de oportunidade, por não terem equipes profissionais em suas regiões, estados, cidades. Vejo com bons olhos o Vôlei Natal, o projeto que está sendo desenvolvido, o plano que o clube tem para o voleibol”.

O legado do Recife

Treinador Adalberto Nóbrega e elenco do Recife Vôlei
Adalberto treina o Recife Vôlei desde a retomada do projeto – Tiago Caldas/Recife Vôlei

Se Natal vive um grande momento com as histórias de Aero e Funvic chegando às equipes atuais, Pernambuco também vive boa relação com o esporte. Nos últimos dois anos, o Recife recebeu a Supercopa do Brasil e o Sul-Americano de Seleções, entre homens e mulheres. Enquanto isso, o Recife Vôlei surgia, vencia a Superliga C e se firmava na Série B.

O time conseguiu reaproximar o voleifã do Geraldão e chegou entre os favoritos para a atual temporada. Na visão do treinador Adalberto Nóbrega, essa força do time pernambucano para 2024 vem em partes, do bom legado que foi deixado de 2023, quando o time “mostrou a cara”.

“Tudo o que foi feito na temporada passada deixou um um legado e a gente conseguiu encorpar o projeto a nível de patrocinadores, atletas, investimentos de uma forma geral”. Assim, o treinador, que esteve à frente do Sport na última campanha nordestina na Superliga A, em 2009/10, reforçou como o fortalecimento do cenário local ajudou o time.

“Com certeza essas competições internacionais de grande porte impulsionaram. O vôlei tem público. Isso mostrou que, realmente, o voleibol tem um público e ele é diferenciado, que vai realmente para quadra para torcer e não para para brigar. E é isso que o patrocinador quer de retorno”, disse o treinador.

Sul-Americano de Vôlei 2023: Brasil vence o Chile com facilidade em estreia com Geraldão lotado e pulsante
Recife recebeu jogos da Seleção Brasileira no Sul-Americano 2023 – Klisman Gama/NE45

A Superliga B 2024

Passadas duas rodadas, os times nordestinos começaram bem na disputa da Superliga B de Vôlei. No naipe masculino, a Rede Cuca venceu os seus dois jogos, contra os times b de Sesi Bauru e Sada Cruzeiro. Os cearenses lideram a competição, enquanto o Natal aparece em quinto, após vencer o Manaus e perder para o Neurologia Ativa-GO.

Entre as mulheres, o Recife estreou com vitória sobre o Renasce Sorocaba, mas perdeu para o Tijuca no tie-break. Com quatro pontos, as paernambucanas estão em quinto lugar, um ponto e uma posição à frente do Natal, que perdeu para o Curitiba na estreia, mas vem de vitória sobre o São Carlos-SP.

Participações do Nordeste na Superliga de Vôlei

Superliga Feminina – Série A

  • Sport (3) – 07/08, 08/09 e 09/10
  • São Luís-MA (2) – 13/14 e 14/15

Superliga Feminina – Série B

  • Sport (1) – 2020
  • Recife Vôlei (2) – 2023 e 2024
  • Vôlei Natal (1) – 2024

Superliga Masculina – Série A

  • Funvic Natal (1) – 21/22
  • Rede Cuca-CE (1) – 22/23

Superliga Masculina – Série B

  • Sport (1) – 2012
  • UFC-CE (1) – 2012
  • Aero-RN (1) – 2021
  • Rede Cuca-CE (2) – 2022 e 2024
  • Vôlei Natal (1) – 2024

Números, estatísticas e mais sobre o futebol nordestino: Confira as últimas do Blog de Cassio Zirpoli

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