Ataque à delegação do Bahia completou dois anos dias após caso semelhante acontecer com o Fortaleza
O triunfo sobre a Juazeirense, no domingo (25), marcou a volta de Danilo Fernandes à titularidade no Bahia após oito meses. Num dia que era para ser somente de celebração, se tornou o momento para relembrar o infeliz atentado ao ônibus da delegação tricolor do dia 24 de fevereiro de 2022.
O assunto, para além do fato de ter completado dois anos do sábado, voltou a tona com o caso semelhante que aconteceu com o Fortaleza, na quarta-feira (21), na Região Metropolitana do Recife, após a partida contra o Sport, pela Copa do Nordeste. Nas duas situações, as janelas dos veículos foram atingidas com pedras e bombas, e atletas ficaram feridos.
“Infeliz e coincidentemente, dois anos depois do meu episódio, os jogadores do Fortaleza sofreram um atentado, assim como o meu caso. Isso é uma tentativa de homicídio e infelizmente não acontece nada com esses bandidos que se dizem torcedores. Se qualquer um fizer uma bomba caseira e jogar num automóvel ou em qualquer outro lugar que seja, vai ser preso. E a gente entende porque esses bandidos não são presos”, disse.
No ataque na Fonte Nova, antes da partida do Bahia contra o Sampaio Corrêa do Nordestão daquele ano, Danilo Fernandes sofreu um corte no rosto, levou 20 pontos e correu o risco de perder a visão. O goleiro pontuou a sensação de impunidade com o caso, que ainda não foi julgado e tampouco teve prisões dos envolvidos.
“Todo jogo que eu vou, e que agora os jogadores do Fortaleza e do Sport também (vão passar por isso), esses bandidos estão na arquibancada. E você está a 20, 30 metros do cara que tentou te matar. No meu caso, se passaram dois anos e não aconteceu nada”, afirmou.
![Danilo Fernandes após ataque ao ônibus da delegação do Bahia](https://ne45.com.br/wp-content/uploads/2022/02/DaniloFernandes-Bahia-Ferimentos-Reproducao.jpeg)
Cobrança por justiça
Com o cenário de impunidade e o novos ataques registrados no futebol brasileiro, Danilo Fernandes cobrou por justiça, antes que casos mais graves aconteçam.
“A gente sabe como é complicado a nossa justiça, mas que seja feita. Tem que acontecer alguma coisa antes que seja tarde. Não quero acreditar que eles estão esperando que aconteça algo pior. Se isso ocorrer, o futebol, que é uma paixão nacional e tem que ser tratado como um esporte, está no caminho totalmente errado. Temos que ter atitudes sérias e precisamos tomar uma providência muito grande quanto a isso”, apontou o defensor do Bahia.
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