Novo diretor técnico do Náutico, Betão diz que não pensou duas vezes em aceitar convite: “Me motivou o desafio”

Profissional chega como principal nome no processo de profissionalização do departamento de futebol

Vitorioso como jogador, o agora diretor técnico do Náutico, Betão, quer seguir os passos da conquista também como dirigente. Apresentado nesta quarta-feira, ele chega ao Timbu para comandar todo o departamento de futebol: masculino, feminino e as categorias de base. O clube entende que é o primeiro passo para a profissionalização tão buscada.

Betão não titubeia em afirmar: não pensou duas vezes em aceitar a proposta do Náutico. O profissional estava no Fortaleza, onde chefiava o departamento de futebol de base do Pici, mas agora chega para uma função ainda mais requisitada no Timbu. E o dirigente garante estar pronto para o desafio.

“Estou muito feliz de estar aqui, tivemos muitas conversas para que o clube entendesse meu contexto. Sempre preguei que o futebol deveria ser profissionalizado e casou muito bem com as ideias do presidente. O que me motivou foi o desafio. Minha vida sempre foi pautada em desafios, estudando sete anos de começar a minha carreira”, iniciou Betão.

O presidente do Náutico, Bruno Becker, esteve ao lado do novo diretor técnico durante a entrevista coletiva e destacou que a chegada de Betão representa o profissionalismo do departamento que ele pregava desde a campanha.

“Ele vem para criar processos, mas sem esquecer de transitar em todos os departamentos e funções. Desde o vestiário até a função diretiva de comando de futebol. É um passo importante e nada diferente do que preguei na campanha, profissionalizando passo a passo e tomando decisões técnicas, com profissionais capazes de tomar decisões. Betão vem com essa missão, vem bem referenciado, buscamos nomes e decidimos pelo nome de Betão. Não só pela liderança, mas pela capacitação que construiu”, disse Becker.

Antes de atuar na função, Betão concluiu os cursos de Executivo de Futebol, da CBF Academy; de Executivo de Futebol, da Foothub; de Gestão Esportiva, do Futebol Interativo; e de Gestão Técnica no Futebol, da Universidade do Futebol. 

E agora, no Náutico, crê que está pronto para este novo desafio na carreira. Ele iniciou os estudos sete anos antes de encerrar a carreira como atleta.

“Gosto muito do trabalho humanizado, a gente sabe que tem toda uma hierarquia. Sou um cara que gosta de fazer um trabalho bem agregador. Me preparei muito. Mas comecei a estudar sete anos antes, fiz cursos. A minha expertise como atleta agrega a minha parte teórica como gestor. O que o torcedor pode esperar é uma dedicação 24 horas, um trabalho árduo. Soube muito bem o que é jogar contra o Náutico nos Aflitos e por isso conto com o torcedor. Acredito que, se nos unirmos, tem tudo para dar certo”, explicou o dirigente.

“A vontade de fazer acontecer não vai faltar. Desde a época que o presidente do Fortaleza chamou, sempre disse que a vontade era de trabalhar no departamento profissional. E quando teve a possibilidade de vir para o Náutico eu não pensei duas vezes. Faz parte do desafio, faz parte do crescimento. Eu estreei como jogador com 17 anos de idade, não é novidade nenhuma. O fato de eu ter me preparado para a função me credencia”, completou .

O Náutico, inclusive, ouviu boas referências de Betão sobre os trabalhos do dirigente no Fortaleza e no Avaí. E não somente no campo teórico, mas sobretudo no dia a dia e também nos vestiários.

“O falar tem que estar de acordo com o agir. Vai muito dos atletas terem uma referência dentro do elenco, tendo alguém que chame a responsabilidade nos momentos de dificuldade. O atleta tem que olhar para a gestão e saber que pode contar, não só cobrando. Estamos à frente do trabalho, mas não sozinho”, finalizou.

Agora, com a chegada de Betão, o departamento de futebol do Náutico tem ele como diretor técnico, além do executivo Léo Franco, o gerente Rodolpho Moreira e os diretores estatutários Ítalo Braga e Thiago Dias.