Em mais um jogo sem sofrer gols, no segundo triunfo consecutivo na Série A, o Bahia acabou pecando um pouco na frente, sem tanta inspiração. Mas teve boa consistência defensiva e cedeu pouquíssimas chances claras ao Juventude. Apenas duas na etapa final, aos 43 e 45. Como vinha sendo bastante vazado, o Esquadrão apresentou mudanças feitas pelo técnico Dado Cavalcanti para corrigir esses problemas e vem apresentando essa melhoria lá atrás.
“Falo muito com nossos atletas que não podemos ser bons em uma parte da partida. Contra o América-MG iniciamos muito bem até tomar um gol. Quando tomamos, imaginamos que apenas jogar seria suficiente para vencer, aí fomos tomando mais gols. Ficamos um pouco mais vacinados em relação a adversários que jogam mais em baixo e acabamos sendo um pouco mais conservadores ao atacar. Estamos mais cuidadosos em relação aos contra-ataques. Por isso a entrada do Jonas, o não avanço dos nossos dois laterais no ataque, criando superioridade na última linha adversária, mas para isso também funcionamos mais defensivamente. Fomos coerentes em assumir essa função e, nesse contexto, acaba que perdemos um pouquinho de criatividade. No final das contas, são três pontos que valem e a gente leva com a perspectiva de evolução da nossa equipe”, disse o comandante do Bahia.
Dado Cavalcanti também falou sobre a dificuldade que o Esquadrão apresentou diante do Juventude no setor de criação. Contra um adversário que marcava com linhas baixas, compacto na defesa, foi difícil encontrar brechas para entrar na área. Para o treinador, o Bahia deixou a desejar em alguns aspectos, mas a compensação na parte defensiva, impedindo dos contra-ataques, valeu a pena pelo resultado final.
“Na verdade, qualquer equipe, de qualquer nível, vai ter dificuldade contra equipes que jogam mais fechadas. Dificilmente acontecem goleadas extremas com adversários bem fechados, independente do nível técnico, e não é uma exclusividade do Bahia. Tivemos problemas defensivos no terço inicial. Deixamos a desejar um pouquinho em algumas tabelas laterais que aconteceram pelo lado esquerdo, onde tiveram chance, mas não demos essas oportunidades todas, não foi um apagão. Acho apenas que soubemos descer as linhas, mas não conseguimos engatilhar os contra-ataques para matar o jogo no finalzinho da partida”, encerrou o técnico do Bahia.
Ouça a partir do minuto 104′:
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