A decisão ainda cabe recurso e o procurador deve acionar a Justiça novamente
Nessa terça-feira (16), o Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas (TJD-AL) decidiu por absolver o Desportivo Aliança do processo de suposta manipulação de resultados na Copa Alagoas. A decisão ainda cabe recurso.
De acordo com Osvaldo Júnior, secretário do Tribunal de Justiça Desportiva, não foram apresentadas provas suficientes para condenar o time. Outros clubes também serão investigados no decorrer da semana.
“Houve uma absolvição do clube envolvido. A comissão entendeu que não tinham provas suficientes para puni-lo na questão de manipulação de resultados. Ontem, foi somente o julgamento do processo do Desportivo Aliança. O do FF ficou para outra oportunidade, na semana que vem provavelmente”, disse o secretario.
Osvaldo revelou que o Desportivo sofreu uma suspensão de atividades, além da multa em dinheiro, por não apresentar os documentos legítimos.
“Mas houve uma punição ao clube Desportivo Aliança em R$ 10 mil e uma punição com suspensão das atividades por 180 dias devido à apresentação de um documento que dava poder a outra diretoria para conduzir o clube nessa época que teve essas incidências. Foram condenados por apresentar um documento que não tinha legitimidade”, disse Osvaldo.

Procurador pretende recorrer sobre caso da Copa Alagoas
Ao GE, o procurador do TJD-AL, Vitor Teixeira, informou que pretende recorrer da decisão. Ele informou que em uma análise do mercado de apostas e dos jogadores em campo, há, supostamente, indícios de participação na manipulação de resultados na Copa Alagoas.
“O que embasou a denúncia foi o relatório da Sportradar e os vídeos das partidas. A gente fazendo uma análise do comportamento do mercado financeiro de apostas e de alguns atletas nos jogos, ficou visível o forte indício de participação em eventual manipulação de resultado para favorecer algumas apostas”, descreveu.
Para Vitor, o Tribunal ficou em dúvida sobre o suposto envolvimento dos jogadores na Copa Alagoas, mas não conseguiram condenar porque não tinha provas suficientes para isso. Ele detalhou ainda o motivo de acreditar na teoria.
“Ficou visível que eles entendiam que tinha algo de errado, principalmente no processo 18/2023, mas não se sentiram convictos de que deveriam condenar porque na dúvida, embora na fala de todos os auditores, a dúvida pendia muito mais pelo ilícito do que pelo não ilícito, eles preferiram a absolvição”, disse Vitor.
Desportivo Aliança se pronuncia sobre a decisão
Daniela Borçato, advogada do Desportivo Aliança, disse que a decisão do Tribunal era esperada e negou que a clube esteja envolvido no caso de suposta manipulação na Copa Alagoas. Sobre a punição, ela disse que o clube vai recorrer.
“A absolvição do Desportivo Aliança, de sua comissão técnica, diretoria e atletas, já era esperada, uma vez que o TJD/AL tinha absolvido o Miguelense em denúncia que possuía o mesmo objeto. Além do mais, a denúncia foi pautada no relatório da Sportradar, que apresenta apenas uma análise nos padrões de apostas pré e durante o jogo, não trazendo qualquer prova capaz de demonstrar manipulação ou fraude existente naquela partida”, disse.

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