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Renúncia, indisciplina, atrito público, Z4: o caos do Sport à espera de eleição

Clube tem encarado problemas dentro e, sobretudo, fora de campo

Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife

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O Sport tem vivido semanas agitadas, onde com frequência surge algum episódio tenso de bastidores, como saída de jogadores e até atos de indisciplina, que tornaram-se públicos. Não obstante, outro atrito que também veio à tona foi a divergência entre direção e atletas em relação ao pagamento de salário. Tudo isso enquanto o clube aguarda eleição.

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Diante de questões tão graves, seria inevitável que os problemas não comprometessem o futebol – e é o que justamente ocorre. Após dez rodadas, o clube registra o pior início de Série A.

Ainda antes disso tudo, aliás, diga-se, houve também as renúncias simultâneas do presidente Milton Bivar e do vice Carlos Frederico, que deixaram os respectivos cargos dois meses após reeleitos, durante a temporada. Nesta matéria, o NE45 traz um panorama e tenta contextualizar os episódios recentes do clube. Confira abaixo.

Renúncias 

No dia 15 de junho, Milton Bivar anunciou a renúncia da presidência do Sport. Em carta, o ex-mandatário citou principalmente a questão da saúde para deixar o clube. Na mesma data, o vice Carlos Frederico também informou saída, alegando que estava ao lado de Milton e, se ele saiu, também deixaria o clube. 

Desta forma, houve uma vacância simultânea dos cargos, o que implica em escolha indireta de um presidente interino, além de nova eleição direta. Assim, o presidente do Conselho Deliberativo (CD), Pedro Lacerda, foi escolhido pelos integrantes do órgão para assumir o Executivo de forma provisória. 

Indisciplinas

Em 17 de junho, veio à tona o primeiro caso de indisciplina no Sport. Por ter se recusado a treinar, Mikael – artilheiro do clube na temporada -, ficou de fora dos relacionados para enfrentar o Grêmio, voltando a figurar na equipe após três jogos também porque passou a aprimorar a condição física.

Dez dias depois, o clube afastou o lateral-direito Patric também foi afastado da relação, sob alegação de indisciplina por parte da diretoria, onde o jogador teria feito gestos obscenos à arquibancada na comemoração do gol contra o Corinthians. Advogado do jogador, Donny Livingstone negou qualquer erro dele.

Atletas pedindo para sair 

O volante Rentería, que sequer estreou, e o atacante Toró pediram para deixar o Sport. E, mais recentemente, na última quinta, estourou a notícia da entrada de Patric na Justiça solicitando a rescisão indireta de contrato por dívidas. Entretanto, o jogador também não descarta acordo para continuar no clube.

Atrito público entre direção e jogadores 

Por fim, o episódio que mais saltou aos olhos foi a divergência entre a direção e elenco. Na manhã da última quinta-feira, o presidente interino, Pedro Lacerda, anunciou o pagamento do salário de abril. Naquela tarde, porém, o elenco se pronunciou nas redes sociais negando que tivessem recebido. 

O caso, porém, não parou por aí. Horas depois, Pedro Lacerda reiterou o pagamento do mês de abril e disse que os jogadores tiveram atitude ‘’canalha, irresponsável e antiprofissional’’.

Um dia depois, após o empate contra o Atlético-GO, André, por sua vez, deu uma entrevista em tom de desabafo, onde passou por várias questões recentes do clube e disse: ‘’A gente precisa de um presidente que venha para ajudar a gente’’.

Não está descartado, inclusive, que este episódio ganhe novo capítulo, já que o caso está no departamento jurídico do clube, que estuda possibilidade de alguma punição.

Pior início e zona de rebaixamento

Inevitavelmente, os problemas respingam dentro de campo. Principal competição do clube na temporada, o Sport fez apenas sete pontos em dez jogos e registrou o pior início de Série A na história dos pontos corridos. Figurando atualmente, inclusive, na zona de rebaixamento, em 17º lugar. Manter-se na elite nacional significa oxigênio para o clube, envolto em grave crise financeira.

Aliás, e quando o clube terá presidente?

O Sport tem eleição marcada para daqui a seis dias, em 15 de julho, quando serão definidos os dois novos líderes do Executivo. Na disputa, quem encabeça as duas chapas inscritas é Nelo Campos e José Valadares. E é na realização do pleito, aliás, que o clube vive expectativa por dias melhores. Ou pelo menos mais calmos na Ilha do Retiro.

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