Após idas e vindas, o Sport, enfim, publicou, nesta terça-feira, em um jornal do Recife, o edital de convocação para a eleição do clube, confirmando o dia 5 de março (uma sexta-feira), como já havia adiantado que seria o presidente em exercício, Carlos Frederico. O pleito ocorre das 8h às 18h, de forma presencial, na sede da Ilha do Retiro, respeitando as diretrizes sanitárias, segundo o atual mandatário.
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Estão aptos a voto no Sport os sócios das categorias: proprietário, benemérito, subscritor, contribuinte, patrimonial e remido, com pelo menos um ano de vínculo ao quadro social do clube e com mais de 18 anos de idade. Não participam do pleito os sócios-torcedores e dependentes.
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As eleições do clube irão eleger o Presidente e o Vice para o poder Executivo, além do Presidente e o Vice para o Conselho Deliberativo – órgão formado por 150 integrantes titulares, sendo 17 natos e 50 suplentes – para o biênio 2021-2022.

Marcado para o dia 5 de março, aliás, o pleito será realizado com as competições da próxima temporada já iniciadas, uma vez que o Regional começa no dia 27 de fevereiro, o Estadual no 28 de fevereiro, além da Copa do Brasil ter chances de ter o pontapé no dia 3 (ou dia 10, dependendo do sorteio para a primeira fase).
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Após conjecturas de adiamento para janeiro e até antecipação para novembro, o clube havia conseguido liberação do Corpo de Bombeiros e confirmado o pleito para a segunda quinzena de dezembro, como prega o estatuto, inclusive com divulgação da lista de sócios e Comissão Eleitoral.
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Porém, no dia 30 de novembro, o Conselho Deliberativo (CD) convocou uma reunião extraordinária para discutir a possibilidade de adiamento da eleição após solicitação feita pelos Conselheiros Natos – composto por ex-presidentes – com manifestação da Diretoria Executiva.
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A justificativa, na ocasião, foi de que seria importante manter o ambiente do clube ameno sem interferência política para não atrapalhar a equipe no Brasileirão, além da questão sanitária por conta da Covid-19. E, por ampla maioria, o CD aceitou e postergou o pleito para após o fim da Série A, cuja última rodada ocorre apenas no dia 24 de fevereiro.
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Porém, o assunto estava longe de ser encerrado.
Pouco depois, no início de dezembro, os opositores Eduardo Carvalho e Nelo Campos ingressaram com pedidos de liminar e, apesar de o Sport ter entrado com petição para evitá-las, a Justiça aceitou – curiosamente, foi o mesmo juiz, Dario Rodrigues Leite de Oliveira, em ambos os casos.
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Na decisão, o magistrado determinou que o pleito ocorresse conforme anunciado pelo clube em edital, ou seja, no dia 18 de dezembro, das 8h às 18h, respeitando os protocolos preventivos ao coronavírus e podendo até ser feito de forma virtual. Além disso, afirmou, em caso de descumprimento, que o Sport está sujeito a multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil.

Em seguida, o Sport emitiu uma nota afirmando que vai entrar com um recurso contra as liminares, objetivando que o pleito ocorra ao fim do Brasileirão. De acordo com o comunicado do clube, na ocasião, não é prudente a realização da assembleia presencialmente, enquanto a votação online tem um alto custo, além do banco de dados “ser frágil e sem preparo para este tipo de operação”.
Só uma liminar é derrubada
No TJPE, apenas a liminar do candidato da oposição, Nelo Campos, foi derrubada. A do opositor Eduardo Carvalho segue de pé, mas sem novas atualizações no processo.
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Os candidatos
Dos cinco candidatos da oposição, dois são contra o adiamento do pleito para depois do fim da Série A, justamente os que entraram com ações judiciais, Eduardo Carvalho e Nelo Campos. Já Luiz Carlos Belém e Delmiro Gouvêia posicionaram-se a favor da postergação da eleição. A situação, por sua vez, após desistência de Milton Bivar, ainda não tem um candidato ao pleito.
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